Um dos anos mais desafiadores da história da aviação global, o ano de 2020 ficará marcado. Diversas companhias aéreas encerraram suas operações, outras entraram em recuperação judicial, e outras se adequaram ao ‘novo normal’ temporário.
No Brasil, um dos destaques foi a entrada da LATAM no Chapter 11 nos Estados Unidos, processo semelhante ao de recuperação judicial no Brasil. Semanas depois, a companhia anunciava parceria com a Azul para acordos de codeshare, dividindo assim, os passageiros em rotas não sobrepostas.
Portanto, com as variações de frota, saídas e chegadas em todas as companhias aéreas brasileiras, o Contato Radar preparou o seu último especial do ano. Reunindo os balanços das frotas das quatro companhias aéreas brasileiras em atividade: Azul, GOL, LATAM e VoePass.
Azul
A Azul estará encerrando o ano com a maior frota do mercado brasileiro. São 167 aeronaves no total, mais dois Pilatus PC-12 que são utilizados para transporte de peças entre bases.
Em 2020 a companhia recebeu aeronaves novas para o mercado doméstico, como os Airbus A320neo e A321neo, e Embraer E195-E2. Para o internacional, foram recebidos outros dois A330-900neo.
Outro destaque foi a incorporação da TwoFlex. Tornando portanto, sua subsidiária no mercado subregional do país. Atendendo com uma frota de 16 Cessna C208 Caravan/Grand Caravan, as cidades mais interioranas que não são possíveis geralmente, ser operadas pelos ATR 72-600.
A Azul também foi a pioneira no mundo a converter o primeiro Embraer E195 de primeira geração em cargueiro. Atendendo as demandas de volumes menores, que não precisam dos chamados AKEs para o transporte.
Portanto, a Azul fechou o ano com 167 aeronaves no total, possuindo 148 ativas e 15 preservadas/manutenção (com dois E195-E2 em processo de incorporação). Confira o gráfico detalhado abaixo:
GOL
A GOL saiu na frente das congêneres no país com os primeiros acordos com as empresas de leasing e funcionários. Facilitando assim, a permanência de praticamente toda sua frota, já que com as reduções de custos, permitiram deixar as aeronaves preservas por tempo que fosse necessário. No início da crise, a GOL devolveu todos os Boeing 737-800 que estavam voando no país no regime de subleasing temporário da Transavia.
Hoje, somente nove aeronaves não estão em operação ainda na malha da companhia. Outro destaque importante, foi o pioneirismo na reativação de toda sua frota de Boeing 737 MAX 8 no mundo, após a respectiva recertificação.
Fechando o ano de 2020, portanto, com 126 aeronaves, sendo 117 em operação e nove parqueadas.
LATAM
A LATAM foi a que mais sofreu durante a pandemia, com a devolução forçada de diversas aeronaves e demissões em massa de equipes de solo e voo. Entretanto, conseguiu através de seus acionistas, injeção de capital para ser utilizado no Chapter 11 e conseguir assim, sua sobrevivência no mercado brasileiro e latino-americano.
No início da pandemia, a Qatar Airways devolveu os cinco Airbus A350-900 que voavam no regime de subleasing. Semanas depois, viu a SalamAir devolvendo também, três Airbus A320.
Durante o período, diversas aeronaves saíram da frota da companhia, como A319, A320 e A350. Hoje, com a restrição de viagem para voos procedentes do Reino Unido, a LATAM está com todos os seus Airbus A350 sem voar. Estão estocados em São Paulo (GRU), São Carlos e Confins.
De acordo com o site Planespotters, a frota atual da LATAM Brasil está composta por 151 aeronaves, sendo 99 em operação e 43 parqueadas/preservadas ou em manutenção.
VoePass
A VoePass (união da Passaredo com MAP), ficou sem voar por várias semanas, mantendo portanto, toda sua frota estocada. Aos poucos foi reativando, e através de parceria com a GOL, passou a operar diversos voos para a laranja com seus ATR 72. Hoje, são 15 aeronaves e apenas uma parqueada, de acordo com o site Planespotters.
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