O ano era 2012 quando a GOL lançava pela primeira vez com sua marca, duas ligações diárias para Miami e Orlando com seus Boeing 737-800. Seriam, as rotas mais longas efetuadas pela companhas, mas não era possível operá-las direto.
Os voos partiam do Rio de Janeiro (GIG) e São Paulo (GRU) respectivamente e faziam uma escala técnica em Santo Domingo, na República Dominicana. Na cidade caribenha, eram feitas as trocas de passageiros. Quem saia de São Paulo, para Miami, embarcava na aeronave procedente da capital carioca, e vice-versa.
Poucos meses depois, a companhia brasileira queria se espelhar no modelo de sucesso da Copa Airlines, que tem a Cidade do Panamá como seu centro de conexões (Hub). Em agosto de 2013, estava portanto, aprovada pelo conselho administrativo a criação da filial “GOL Dominicana”.
De acordo com informações da época, a criação da GOL Dominicana e sua respectiva ampliação de malha aérea para Estados Unidos poderia diminuir em até 30% dos custos das operações. A expectativa era iniciar as operações com sete 737-800, que seriam transferidos da matriz brasileira.
A criação da GOL Dominicana nunca tinha sido confirmada pela GOL na ocasião. Entretanto, diversos documentos disponibilizados e até mesmo o diretor geral da autoridade aeronáutica da República Dominana, Alejandro Herrera havia confirmado que já existia um cronograma em andamento para criação da companhia com até 14 destinos a serem atendidos.
Em 2015, abalada pela crise econômica no Brasil, a GOL paralisava o projeto da criação do hub dominicano. Nenhuma aeronave havia sido transferida para a filial, tendo assim, todos voos até então, sido operados pela brasileira.
Retorno das operações para Miami e Orlando
Com o recebimento dos Boeing 737 MAX 8 em 2018, a companhia anunciava seu retorno para as duas cidades na Flórida. Entretanto, com uma diferença, os novos jatos possuem autonomia de operar direto saindo do Brasil. Para isso, foram escolhidos dois Hubs nacionais para receber os voos: Brasília e Fortaleza.
O voo entre Brasília e Orlando foi considerado o mais longo regular realizado por um Boeing 737, com pouco mais de oito horas de duração. Com a paralisação dos MAX, a companhia voltou a utilizar República Dominicana como escala técnica com seus 737-800. Desta vez, faziam escala em Punta Cana sem troca de passageiros.
Devido a crise provocada pela atual pandemia, a GOL paralisou todas suas operações internacionais. Tendo a previsão para reinício a partir de março de 2021, caso for possível. Retornando portanto, com voos diretos saindo do Brasil com os 737 MAX recém recertificados.
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