O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no Palácio do Planalto - 12/06/2023
Ricardo Stuckert/Presidência da República
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva recebe a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, no Palácio do Planalto - 12/06/2023

O acordo entre Mercosul e União Europeia (UE) pode ser selado já na próxima semana, durante a Cúpula do Mercosul, marcada para a próxima semana, no Rio de Janeiro. Na data, também deve ser anunciado um acordo de livre comércio entre o Mercosul e Cingapura. A informação é do jornal O GLOBO.

O Brasil está à frente do bloco sul-americano até o dia 7 de dezembro.

O acordo tinha alguns entraves como as compras governamentais e as questões ambientais, mas essa última já é considerada "bem encaminhada". 

O tratado é negociado desde 1999. Após selar o fechamento do acordo, ele precisa de aprovação pelo Parlamento de cada país.

As compras governamentais, último entrave para fechar o acordo, são um pedido da UE para que empresas dos países-membros dos dois blocos em licitações governamentais nos países que estivessem no acordo. O Brasil discorda desse ponto. 

Superados esses entraves, restam agora questões envolvendo pedidos vistos como pontuais da Argentina e do Paraguai.

O governo brasileiro está otimista quanto às oportunidades tanto técnicas quanto políticas que surgirão até a próxima cúpula do Mercosul para finalizar os detalhes pendentes do acordo. Uma potencial ocasião é a presença da presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, e do presidente Lula na COP28, abrindo uma janela para um possível encontro entre ambos, se necessário. Vale ressaltar que o Brasil atualmente exerce a presidência temporária do bloco.

Recentemente, durante um encontro com o ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, a futura chanceler da Argentina, Diana Mondino, destacou a importância da conclusão do acordo comercial e indicou a intenção do país de permanecer no Mercosul. Esse gesto foi interpretado de forma positiva pelo governo brasileiro, que expressava preocupação com a integração do Mercosul diante da vitória de Javier Milei. O ultraliberal já se posicionou a favor do fim do Mercosul, o que era uma fonte de inquietação para o governo brasileiro.

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