A ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet, disse nesta terça-feira (30) que a reforma tributária deve enfrentar dificuldades no Senado, com isso, seria aprovada apenas no final do ano.
Ela disse que a reforma será a prioridade do governo assim que terminar a tramitação do novo arcabouço fiscal no Congresso.
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"Nunca esteve tão maduro para votar. A gente vai ter um pouco mais de dificuldade no Senado. Por isso eu ouso dizer que a reforma pode sim ser aprovada na Câmara no meio deste ano e vai levar o semestre inteiro no Senado Federal", disse em debate promovido pelo jornal O GLOBO.
A ministra elogiou o novo marco fiscal, mas brincou que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, jogou uma "granada sem pino" no colo, por conta das metas do texto.
"As metas do arcabouço são audaciosas, um desafio, mas são críveis e estamos no ministério do Planejamento para ajudar", disse Tebet.
Tebet também negou que o marco fiscal deixe margem para negociação, mas aprovou as medidas incluídas pelo relator Cláudio Cajado, na Câmara dos Deputados.
O secretário executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, também participou do painel e corroborou a fala da ministra, negando qualquer "gordura" fiscal no Orçamento.
"A verdade é que, do jeito que está a regra, a coisa está muito mais apertada do que parece. Isso vai vir à luz do sol rápido e as pessoas vão entender que o tema que vamos ter que enfrentar é outro. É se estamos dispostos a espremer educação, saúde, que são prioritários para o nosso país", afirmou. "O problema é de outra natureza, de quão apertado e desafiador está esse orçamento. A nossa dificuldade vai ser quão os desafios da dor vai ser 2023 para 2024", completou.