Caiu de 90% para 86% a avaliação de que o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT)
é negativo entre integrantes do mercado financeiro, revela a pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quarta-feira (10). A última rodada da pesquisa, feita em maio, apontava que 10% dos investidores avaliavam o governo como regular, esse percentual subiu para 12%, enquanto a avaliação positiva saiu de 0 para 2%.
Por outro lado, a avaliação da atuação do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, melhorou significativamente. Em março, 10% consideravam o ministro positivo, agora são 26%, enquanto o negativo permaneceu estável (de 38% para 37%) e o regular caiu de 52% para 37%.
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Além disso, caiu significativamente a percepção que o país entrará em recessão em 2023. Em março, 73% dos investidores diziam que sim, percentual que caiu para 40% em maio.
Nesse período, o governo realizou a apresentação do novo arcabouço fiscal. Mesmo assim, o mercado segue descrente que o arcabouço será capaz de resolver o problema da dívida pública brasileira (87% acham que a política fiscal não gera sustentabilidade da dívida).
Apenas 3% dos investidores avaliaram o texto como positivo, enquanto 49% disseram ser regular e 48% negativo. Trata-se de uma medida que, na visão do mercado, tem grandes chances de ser aprovada no Congresso (92%).
O grande acerto de Haddad para 96% do mercado financeiro é a revisão das renúncias fiscais existentes no país.
O problema é que a revisão das renúncias fiscais não deve gerar, na visão dão mercado, a arrecadação necessária para manter o Arcabouço de pé. Apenas 7% acham que vai superar os R$ 100 bilhões esperados. Quase quatro em cada dez (38%) dos investidores diz que vai chegar, no máximo, a R$ 70 bilhões e 36% acreditam que não chegará a R$ 50 bilhões.
Taxa de juros
Quando o tema é taxa de juros, o mercado aprovou a manutenção da Selic no atual patamar de 13,75% ao ano (91% acham que foi correta a decisão), mas já projeta uma queda ainda em 2023 (88%).
A expectativa da maioria do mercado é que essa queda venha em agosto. Apenas 12% do mercado financeiro acha que os juros não caem esse ano.