O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse nesta quinta-feira acreditar que seja possível redução da taxa básica de juros, a Selic, já na próxima reunião do Copom (Comitê de Política Monetária), prevista para ocorrer em maio.
“Não quero arriscar qual seria a redução [dos juros], mas nada drástico. Não precisa descer para 11%. São coisas gradativas, reunião a reunião, monitorando a inflação. Havendo dificuldade ao se reduzir os juros, nada impede que haja o restabelecimento da taxa“, disse em conversa com jornalistas ao sair de evento no Lide Conference, no Reino Unido.
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Para Pacheco, a inflação caiu abaixo do esperado, o que, atrelado ao avanço do novo arcabouço fiscal, já possibilitaria uma redução da Selic, que está em 13,75% ao ano, maior patamar desde novembro de 2016.
Segundo o presidente do Senado, é uma questão de “responsabilidade” reduzir a taxa básica de juros. “Quero acreditar que o desejo do presidente do Banco Central, até pela responsabilidade que tem com o país e com o crescimento da economia, o desejo também seja da redução“, disse.
Segundo Pacheco, apesar da autonomia, o Banco Central (BC) precisa atuar como uma agência reguladora, em consonância com o governo federal.
“Ao mesmo tempo [que são autônomas] tem que ter um olhar sobre as necessidades do país. Não só o que pontua um novo governo“, afirmou.
Ontem, ao discursar no evento, Pacheco já havia cobrado redução dos juros na frente do presidente da instituição, Roberto Campos Neto, que discursa no evento nesta sexta (21).
“A inflação, meu querido Campos Neto, está contida e em ritmo de queda. Nossa moeda é estável e tivemos na semana passada abaixo de R$ 5 o dólar. Agora precisamos crescer o Brasil e não conseguiremos com a taxa de juros a 13,75%“, disse Pacheco.