Nesta segunda-feira (3), às 11h, o ministro do Trabalho, Luiz Marinho , reúne-se com Centrais Sindicais para discutir a valorização do salário mínimo. O ministro deve ouvir a proposta de aumento real de 2,4% por três anos a fim de recompor as perdas da gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. A informação é do jornal Folha de São Paulo.
Esse índice se somaria à inflação do período medida pelo INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e da variação do PIB (Produto Interno Bruno).
Será o primeiro encontro do Grupo de Trabalho com as Centrais para se discutir o tema. Caso o governo adote essa proposta, em 2024 o reajuste do mínimo será produto da soma da inflação, com o PIB (de 2,9%) e 2,4%.
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Antes de Bolsonaro assumir, o salário mínimo variava pelo INPC, mais a variação média do PIB dos últimos dois anos. A lei deixou de vigorar em 2019 e Bolsonaro reajustou os salários apenas pela inflação, como determina a Constituição, com isso, foram 4 anos sem aumento real.
Em dezembro de 2022, já derrotado, Bolsonaro editou uma medida provisória estipulando em R$ 1.302 o valor do mínimo para 2023. Lula, por sua vez, anunciou que a partir de maio será de R$ 1.320.
Se a regra antiga valesse até hoje, o salário mínimo deveria ser de R$ 1.391, 5,4% abaixo do patamar anunciado por Lula.
Para atingir a recomposição desse valor, seria necessário aumento de 1,77% ao ano, no entanto, as centrais acreditam que com o reajuste de 2,4% haveria um impulso benéfico para a economia.
Os sindicalistas pedem ainda que, a partir de 2027, haja um piso de 2,4% ao ano para o aumento real do salário mínimo. Esse patamar vigoraria até 2053, sendo revisto a cada década.
Com essa medida, não haveria desvalorização do salário, mesmo que haja recessão econômica.