Petrobras vive disputa por cargos de assessor da presidência
Ivonete Dainese
Petrobras vive disputa por cargos de assessor da presidência

Desde que  Caio Paes de Andrade assumiu comando da Petrobras , no fim de junho, uma espécie de corrida por indicações vem agitando a estatal. Mas a disputa não envolve apenas os cargos de diretores executivos da companhia, mas também os postos de assessores da presidência.

Atualmente, o presidente da Petrobras conta com cerca de 20 assessores diretos de diversas áreas como financeira, jurídica, além de temas mais gerais ligados ao setor de energia.

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Em teoria, o objetivo é ajudar o presidente da companhia com informações de áreas variadas sobre o setor de óleo e gás. O posto de assessor também tem uma espécie de “passe livre” entre as áreas da companhia, explicou uma fonte.
No Ministério da Economia.

Esses postos de “assessor” também são vistos como relevantes para Paes de Andrade, que não tem experiência no setor de óleo e gás, como destacou fonte próxima à empresa.

A seleção das nomeações para estes cargos envolve pedidos de indicação por meio do Ministério da Economia, em Brasília, além de interlocutores do mercado financeiro, em São Paulo. Até agora, Paes de Andrade vem dando expediente em Brasília, longe da sede da companhia, no Rio.

O cargo de presidente da Petrobras já chegou a contar com 50 assessores, mas o número foi reduzido drasticamente após os casos de corrupção revelados pela Operação Lava-Jato, da Polícia Federal (PF).

Uma outra fonte lembrou que a troca de diretores da estatal é um processo mais complexo e demorado, pois precisa passar pelo crivo do Conselho de Administração. A intenção de Paes de Andrade, destacou uma fonte no alto escalão da empresa, é mudar quase todo a diretoria. Ele já vem conversando, inclusive, com ex-funcionários da empresa.

Hoje, a diretoria executiva é composta por oito nomes. Nos bastidores, três diretores atuais já confidenciaram planos para se aposentar.

A Petrobras também já recebeu os documentos de parte dos novos conselheiros para a troca do colegiado da estatal. Ainda não há uma data exata para os novos nomes serem analisados pelo Comitê de Elegibilidade, que faz parte do Comitê de Pessoas.

Uma análise preliminar já apontou que dois nomes indicados pelo governo podem esbarrar na Lei das estatais. Jonathas Assunção Salvador Nery de Castro, secretário-executivo da Casa Civil da Presidência da República, é considerado inelegível, destacou executivos. Além disso, por conflito de interesse, Ricardo Soriano de Alencar, procurador-geral da Fazenda Nacional, deve enfrentar dificuldade por possível conflito de interesse.

A próxima reunião do Conselho de Administração está marcada para o dia 27. Os nomes dos novos conselheiro serão ainda submetidos a uma assembleia de acionistas, sem data para ocorrer.

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