Renda de famílias cai, mas consumo aumenta com uso da poupança
Estoa Research
Renda de famílias cai, mas consumo aumenta com uso da poupança

A pandemia fez a renda das famílias despencar, e a solução para pagar todas as contas foi recorrer à poupança. Com o fim das medidas de isolamento social, o consumo voltou a crescer, mas ainda bancado pelas economias guardadas anteriormente.

É o que indica o mais recente relatório Análise do Comportamento de Consumo, elaborado com base nas compras realizadas com cartões do Itaú Unibanco e nas vendas realizadas nos sistemas da Rede, empresa de meios de pagamentos do banco.

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Segundo o estudo, a taxa de poupança das famílias caiu vertiginosamente nos últimos dois anos. Enquanto no segundo trimestre de 2020 havia R$ 393 bilhões em recursos poupados, no primeiro trimestre de 2022 restavam apenas R$ 26 bilhões.

O consumo mais expressivo teve início em junho do ano passado e segue em alta.

Com o retorno ao trabalho presencial, os gastos com locomoção e transporte aumentaram 60% na comparação entre os três primeiros meses de 2022 e 2021. Nesse mesmo período, a inflação desses serviços foi de 19%. O gasto com combustíveis cresceu cerca de 69%.

Comida, diversão e arte

Os consumidores passaram a gastar 40% mais com alimentação e bebidas. De acordo com o relatório, a inflação do grupo no intervalo analisado foi de 10%.

Depois de tanto tempo em casa, as pessoas estão retomando as atividades relacionadas à cultura, esporte e lazer. As despesas desses itens subiram 74%.

Os gastos em quadras esportivas, por exemplo, tiveram alta de 126% no primeiro trimestre deste ano, frente ao mesmo período de 2021. E as quadras de beach tennis, considerado como “o esporte do momento”, lideram, com um aumento de 330% no valor transacionado e de 355% nas operações.

As academias também têm recuperado alunos, apresentando avanço de 76% no valor transacionado. O gasto com exercício físico, inclusive, já supera os patamares de antes da pandemia em 29%, quando observado o primeiro trimestre de 2019.

O segmento foi especialmente impulsionado pela geração Z, que apesar de ter menor participação no consumo geral (5%), aumentou em 129% a quantidade de transações nesses estabelecimentos. A aposta na forma física também cresceu entre as gerações Y (+71%), Z (+70%) e Babyboomer (+64%).

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