Presidente da Câmara, Arthur Lira voltou a criticar a política de preços da Petrobras
Pablo Valadares/ Câmara dos Deputados
Presidente da Câmara, Arthur Lira voltou a criticar a política de preços da Petrobras

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), voltou a criticar nesta quarta-feira (16) a Petrobras. Insatisfeito com o aumento do preço dos combustíveis, o parlamentar afirmou que a estatal precisa diminuir o valor cobrado pela gasolina e pelo diesel. Na semana passada, o deputado chegou a dizer que o último reajuste era “um tapa na cara do brasileiro”.

Lira argumentou que o preço internacional do barril do petróleo oscilou para baixo nos últimos dias, bem como a cotação do dólar. Ele evitou fazer críticas públicas ao presidente da Petrobras, Silva e Luna, mas continuou a cobrar uma mudança de postura.

"Não posso avaliar (a gestão de Silva e Luna). Não tenho a visão interna da Petrobras. A única crítica que eu fiz é que a Petrobras não precisava dar o aumento do tamanho que deu, e de uma vez só", disse Lira.

"O barril baixou. O barril sobe, aumenta (o preço do combustível). O barril baixa, a gente não baixa? Então é importante que a Petrobras recue o preço do aumento que deu. Porque o dólar está caindo e o barril caiu. São os dois componentes que fazem a política de preço da Petrobras", concluiu.

Na semana passada, o preço médio de venda da gasolina para as distribuidoras passou de R$ 3,25 para R$ 3,86 por litro, um aumento de 18,8%. Em relação ao diesel, o preço médio variou de R$ 3,61 para R$ 4,51 por litro, uma alta de 24,9%.

O presidente da Câmara afirmou ainda que não terá pressa para discutir projeto aprovado pelo Senado que institui um subsídio. O texto prevê a criação de uma espécie de fundo de compensação para evitar altas bruscas nas bombas e um "vale-gasolina" entre R$ 100 e R$ 300 para motoristas de aplicativo e taxistas, motociclistas e pilotos de pequenas embarcações. O custo seria limitado a R$ 3 bilhões anuais.

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Ele criticou, porém, a possibilidade de que qualquer subsídio possa ser questionado na Justiça por ser votado em ano eleitoral. A Legislação veda a concessão do benefício no período.

"Porque nós estamos em um ano eleitoral, se fizer uma lei ou projeto legislativo, ou iniciativa do Executivo, que dê um subsídio para quem usa transporte do uber, taxista, motoboy, para o caminhoneiro… Isso, a gente polemizar que pode causar inelegibilidade, é uma falta de sensibilidade muito grande. Vamos procurar a responsabilidade fiscal. Acho que o subsídio amplo nos combustíveis atende a quem pode arcar com a inflação normal no mundo. Quem não pode é que a gente tem que privilegiar", disse.

Bolsonaro critica

O presidente Jair Bolsonaro revelou que o governo federal foi avisado antecipadamente que a Petrobras iria realizar um reajuste no preço dos combustíveis, que foi anunciado na quinta-feira passada. Bolsonaro disse que foi feito um pedido para que a empresa adiasse por um dia o aumento, mas afirmou que essa solicitação não foi aceita.

A declaração ocorreu em entrevista à TV Ponta Negra, gravada na manhã de terça-feira e transmitida nesta quarta.

"Por questão de um dia, foi feito contato com a Petrobras, porque chegou para nós que eles iriam ajustar na quinta-feira da semana passada, né, foi feito um pedido para que deixasse para o dia seguinte, atrasasse um dia. Eles não nos atenderam", disse Bolsonaro na entrevista.

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