Clínica brasileira busca popularizar botox para as classes B e C
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Clínica brasileira busca popularizar botox para as classes B e C

Foi-se o tempo em que o botox era coisa apenas de gente rica e famosa. Em um país que é referência mundial em procedimentos estéticos, cada vez mais pessoas têm buscado alcançar o tão sonhado padrão de beleza. Dados da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP) revelam que mais de 1,5 milhão desses procedimentos são feitos no Brasil todos os anos.

É diante desse cenário que uma clínica surge com o objetivo de popularizar a toxina botulínica, popularmente chamada de botox, para as classes B e C. No Brasil desde 2000, o empresário guatemalteco Rafael Mansilla viu no mercado de beleza uma oportunidade de negócio. Foi aí que ele e outros quatro empreendedores decidiram criar a Botocenter, em 2019.

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"As pessoas tinham que marcar uma consulta com um dermatologista, ir até o consultório médico, esperar para ser atendido e depois ainda fazer um retorno — tudo isso para um procedimento que dura cerca de 15 minutos. A gente queria criar um modelo para atender melhor quem já fazia botox e também quem nunca teve acesso a ele, tanto pelo preço, quanto pela falta de conhecimento", explica Mansilla.

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Fundada em Recife (PE), hoje a Botocenter já possui 26 lojas instaladas nos principais shoppings do país. "A pessoa está almoçando no shopping e, de repente, pensa ‘nossa, queria aplicar um botox’. Ela agenda uma avaliação gratuita pelo celular, passa na loja depois do almoço, e se gostar do que a gente oferece, aplica o botox na hora. É uma praticidade: localização, combinada com tecnologia".

A marca oferece aplicações a custo de R$ 600 a R$ 650. Os procedimentos são ministrados por dentistas e contemplam três regiões do rosto: testa, lateral dos olhos e glabela (entre as sobrancelhas). Depois, os clientes devem fazer um retorno em 15 dias, caso haja necessidade de reforço. E a vida útil da toxina botulínica é de três a seis meses, a depender de cada organismo.

O botox tem chamado a atenção de brasileiros interessados em reduzir as rugas e suavizar as linhas de expressão. Jovens de 30 anos são o principal perfil de clientes da empresa. A faixa etária é atraída pelo tratamento preventivo contra sinais de envelhecimento. E grande parte desse público é formado por mulheres.

"É importante ressaltar que o nosso foco é o botox. Temos que aplicar com segurança, ter pessoal capacitado, e isso tem que ser estendido para toda a rede. O nosso objetivo não é concorrer com os consultórios médicos, que fazem inúmeros procedimentos. A ideia é fazer só o básico do botox", afirma o guatemalteco.

Agora, os fundadores da Botocenter também avaliam a ideia de ampliar o serviço de procedimentos estéticos. Influenciados pelo aumento da demanda no mercado de beleza, eles cogitam começar com projetos pilotos de preenchimento nos lábios e no famoso "bigode chinês". Desejam também ampliar a expansão aqui no Brasil e, depois, no exterior, sobretudo, nos Estados Unidos e na Guatemala.

** Gabrielle Gonçalves é jornalista em formação pela Universidade Estadual Paulista (Unesp). Estagiária em Brasil Econômico. No iG desde agosto de 2021, tem experiência em redação e em radiojornalismo, com passagens pela Rádio Unesp FM e Rádio Metropolitana 98.5 FM.

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