Jair Bolsonaro
Reprodução/Flickr
Jair Bolsonaro

O presidente Jair Bolsonaro gastou R$ 29,6 milhões com cartões corporativos nos três primeiros anos da sua gestão. O valor é 18,8% maior que o de presidentes anteriores, como Dilma Rousseff e Michel Temer ao longo de quatro anos, que gastaram R$ 24,9 milhões no mandato. A informação é do jornal O GLOBO.

Só em 2021, as despesas custeadas pela União chegaram a R$ 11,8 milhões, o maior valor dos últimos sete anos, atrás apenas para os R$ 13,3 milhões registrados em 2014, quando Dilma era presidente.

Em dezembro de 2021, os cartões destinados à família presidencial foram usados em compras que somaram R$ 1,5 milhão, o maior valor gasto em toda a gestão Bolsonaro num único mês. O período coincide com as férias de Bolsonaro no Sul do país. 

Dos 29 cartões vinculados à Secretaria de Administração da Presidência da República, o Planalto informou ao jornal que dois permanecem com Bolsonaro. 

Todas as despesas são mantidas em sigilo, pois, segundo Bolsonaro, uma eventual divulgação colocaria o presidente em risco.

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Em 2008, quando deputado, Bolsonaro desafiou os presidentes Lula e Dilma a "abrir as contas" e divulgarem os gastos no cartão da Presidência. Contrariando os números do Portal da Transparência do governo, ele vem afirmando que tem sido “econômico” no uso do instrumento.

Em agosto de 2019, ainda no seu primeiro ano de mandato, Bolsonaro chegou a afirmar que daria transparência às faturas, mas ficou só no discurso. 

"Eu vou abrir o sigilo do meu cartão. Para vocês tomarem conhecimento de quanto gastei. Ok, imprensa? Vamos fazer uma matéria legal?", disse, em uma live semanal.

O caso está sendo analisado pelo (Tribunal de Contas da União) , mas segue parado desde o ano passado. 

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