O Ministério Público Federal (MPF) abriu uma apuração preliminar para investigar o questionado do Censo 2022. Segundo o MPF, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) teria excluído questões sobre LGBTQIAP+.
O inquérito foi aberto pelo procurador Lucas Costa Almeida Dias, da Procuradoria-geral da República de Rio Branco. Embora a investigação tenha sido aberta no Acre, a medida vale para o país inteiro.
Em nota, o IBGE rebateu os argumentos da procuradoria e disse nunca ter questionado sobre identidade de gênero. O instituto reafirmou que as questões foram elaboradas ainda em 2019 e seu conteúdo foi divulgado pela imprensa.
"Dele, nunca constaram perguntas sobre a orientação sexual ou o gênero dos moradores. Em novembro de 2020, o questionário do Censo recebeu a adição de apenas uma única pergunta, sobre a existência de morador com diagnóstico de autismo no domicílio. Desde então, não foram feitas quaisquer modificações no conteúdo do questionário do Censo 2022", disse o IBGE.
O Censo era ter sido realizado em 2021, mas o governo federal cortou verbas para a realização da pesquisa. Após uma decisão do Supremo Tribunal Federal (STF), o Palácio do Planalto foi obrigado a recuar e adiar os investimentos para pesquisa para 2022.
Segundo o Ministério da Economia, o Censo deverá custar cerca de R$ 3 bilhões aos cofres públicos. A pesquisa é necessária para que a União tenha uma base para distribuir os investimentos para a população da melhor forma possível.