Joaquim Leite, ministro do Meio Ambiente
Divulgação/Ministério do Meio Ambiente
Joaquim Leite, ministro do Meio Ambiente

O ministro do Meio Ambiente, Joaquim Leite, afirmou que Brasil pretende investir no mercado de créditos de carbono, além de serviços ambientais. As ações têm como meta reduzir crimes ambientais e gerar empregos para quem mora na floresta, em especial na Amazônia. A declaração do ministro aconteceu esta terça-feira em entrevista à CNN .

Leite disse que o governo tem buscado estratégias para combater crimes ambientais, como o desmatamento ilegal.

"O governo federal lançou um programa chamado Floresta Mais. É um programa de pagamento por serviços ambientais. O que significa? Criar um mercado de serviços ambientais. Provavelmente, será o maior mercado do mundo de serviços ambientais. É você remunerar quem cuida da floresta. Com isso, o governo prevê a geração de empregos de brigadista, de guarda-parque e de guarda florestal, entre outros".

De acordo com o ministro, o projeto prevê a proteção da biodiversidade e é uma solução para monetizar a floresta nativa e gerar emprego para quem mora e cuida da floresta.

COP26

Leite também falou sobre a COP26, realizada entre 1 e 12 de novembro de 2021, em Glasgow, na Escócia. Segundo ele, o posicionamento dos países desenvolvidos foi frustrante.

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"Não foi uma frustração do Brasil, acho que é uma frustração global. Os países desenvolvidos, os maiores poluidores não se prepararam para a Conferência do Clima este ano e não vieram com os recursos prometidos em 2020. Nós já estamos em 2021 e eles estão prosternando esses recursos para 2024. O Brasil pressionou os países, sim, porque esses recursos têm que chegar principalmente para os países mais vulneráveis economicamente falando e climaticamente falando", afirmou.

Além disso, o ministro também comentou sobre o mercado de carbono, acordado em consenso na COP26.

"É uma outra alternativa para a gente crescer de uma forma que reduza as emissões. Projetos baseados em conservação de floresta nativa ou restauração de área de floresta nativa, setores de papel celulose e etanol já podem apostar nesse novo mercado".

De acordo com Leite, o Brasil aposta muito no mercado global de carbono e tem potencial para ser um grande exportador de crédito de carbono para o mundo poluidor.

"O Brasil tem menos de 3% das emissões globais e o mundo, com seus 97% de emissões, deve comprar créditos de carbono. Dessa maneira a gente fazer uma transição econômica justa. O que significa isso? Os projetos com menores emissões de gás de efeito estufa viram realidade no Brasil. Esse mercado de carbono global deve ajudar para que isso aconteça", finalizou o ministro.

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