Líder do governo na Câmara, Ricardo Barros garante votação da PEC dos Precatórios nesta terça-feira
Marcelo Camargo/Agência Brasil
Líder do governo na Câmara, Ricardo Barros garante votação da PEC dos Precatórios nesta terça-feira

O líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros (Progressistas-PR), afirmou que a PEC dos Precatórios será votada nesta terça-feira (09) "de qualquer jeito". O deputado se diz confiante na aprovação da proposta que abrirá um espaço fiscal no orçamento de 2022 de R$91,6 bilhões.

Segundo o parlamentar, há prazo para aprovar e implementar a proposta. Barros acredita que o partido de oposição não mudarão seus votos para o segundo turno.

"De qualquer forma, temos um prazo para aprovar e implementar. Os parlamentares estão convocados e vamos aprovar", disse Barros, em entrevista à GloboNews .

Nos bastidores, o governo articula para manter os votos de PDT, PSB, PSDB e MDB, partidos que na votação se posicionaram favoravelmente ao texto, mas há forte resistência de suas bancadas nacionais. Para convencê-los, a tropa de choque do Planalto na Câmara ofereceu valores dentro do orçamento secreto para os parlamentares votarem a favor da proposta no segundo turno. A ideia, no entanto, foi rechaçada pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF), Rosa Weber, que pediu explicação a mesa diretora da Câmara sobre a disponibilidade dos valores aos parlamentares.

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Clientelismo do Bolsa Família

Ricardo Barros afirmou, em entrevista, que o objetivo do Auxílio Brasil é não depender do governo federal a longo prazo. O deputado disse ver "clientelismo do Bolsa Família" para o governo.

"O que o Auxílio Brasil quer é que depois de um tempo não se precise mais do governo, o Bolsa Família era clientelismo do governo", declarou.

Barros lembrou dos 144 votos contrários a PEC dos Precatórios e adotou o mesmo discurso do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) ao dizer que os parlamentares votaram "contra os pobres".

"A democracia é assim: toda vez que a oposição perde, ela tenta criar um terceiro turno. Querem votar contra os R$ 400 de auxílio, contra socorrer os mais pobres, contra a rampa de ascensão social", criticou.

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