Aumento de salário mínimo e imigração não impactam empregos segundo estudo ganhador de Nobel
Reprodução: iG Minas Gerais
Aumento de salário mínimo e imigração não impactam empregos segundo estudo ganhador de Nobel

Um dos vencedores do Prêmio Nobel de Economia deste ano foi o economista David Card, nascido no Canadá e professor da Universidade da Califórnia. Os resultados de suas pesquisas mostraram relações de causa e efeito para grandes questões sociais. Ele descobriu, ainda na década de 90, que o aumento do salário mínimo, por exemplo, “não leva necessariamente a menos empregos”. Além disso, também  contribuiu para apurações sobre imigração, que revelaram que o impacto econômico de novos imigrantes é mínimo. 

Ele divide o prêmio deste ano com Joshua D. Angrist, professor de economia da Ford no Massachusetts Institute of Technology, e Guido W. Imbens Angrist, professor de economia na Stanford Graduate School of Business.  “A pesquisa dos vencedores ajudou a encontrar a causa e o efeito por trás de certas grandes questões sociais”, disse o comitê.

O motivo pelo prêmio, segundo os organizadores, foi por sua contribuição empírica para a economia do trabalho. O estudo mostrou que um aumento do salário mínimo em Nova Jersey pode até ter impulsionado o crescimento do emprego em restaurantes de fast-food que eram o foco de sua investigação.

Outra descoberta de suas pesquisas indica que poucos dos que vão para os Estados Unidos sem concluir o ensino médio têm probabilidade de ter rendimentos médios iguais aos dos residentes nativos. Mesmo assim, os filhos dos imigrantes nascidos nos EUA acabam ganhando o suficiente para compensar a falta de poder aquisitivo de seus pais. 

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Em uma entrevista ao New York Times, Card disse: “Sinceramente, acho que os argumentos econômicos contrários ao assunto são de segunda ordem. Eles são quase irrelevantes. ” 

Angrist e Imbens ainda mostraram que conclusões sobre causa e efeito podem ser tiradas de experimentos naturais. “A estrutura desenvolvida por eles tem sido amplamente adotada por pesquisadores que trabalham com dados observacionais”, diz o Comitê. 


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