Polícia da Malásia destrói 1.060 plataformas de mineração de bitcoin
Bruno Ignacio
Polícia da Malásia destrói 1.060 plataformas de mineração de bitcoin

A polícia da Malásia apreendeu nada menos do que 1.060 plataformas de mineração de bitcoin e destruiu todas elas com ajuda de um rolo compressor . A operação foi uma ação conjunta entre a polícia da cidade de Miri e a concessionária de energia elétrica Sarawak. O vídeo da destruição dos equipamentos, que ocorreu na sede da polícia, viralizou nas redes sociais.

Segundo o comissário assistente de polícia em Miri, Hakemal Hawari, a ação foi motivada por conta de um suposto roubo de energia. Segundo uma denúncia da Sarawak Energy, os mineradores teriam roubado pelo menos US$ 2 milhões (R$10,5 milhões) em eletricidade extraída das linhas de energia da concessionária.

Seguindo a denúncia, a polícia confiscou as plataformas em seis ações entre fevereiro e abril, as autoridades apreenderam cerca de US$ 1,26 milhão (R$ 6,62 milhões) em equipamentos de mineração de bitcoin. Um vídeo da destruição foi gravado e postado nas redes sociais pela agência de notícias local de Sarawak, Dayak Daily, e rapidamente viralizou no país.

Destruir ou vender?

Segundo Hawari, o roubo de eletricidade pelos mineradores levou ao incêndio de três casas na cidade de Miri. A polícia preferiu destruir as plataformas ao invés de vendê-las para atender a uma determinação da justiça da Malásia, algo que vai na contramão do que vem sendo feito em outros países, como a China, que tem optado por leiloar plataformas apreendidas.

Segundo o chefe de polícia, no momento, não há outras operações de mineração de criptomoedas ativas na cidade. A mineração de criptomoedas não é ilegal na Malásia, porém, o país tem leis bastante rigorosas em relação ao uso de energia, que é uma das questões mais sensíveis em relação às criptomoedas.

A seção 37 da Lei de Fornecimento de Eletricidade da Malásia prevê até cinco anos de prisão e multa de 100.000 ringgit malaios (R$ 124,500). A polícia malaia ligou oito pessoas à operação de mineração em Miri, sendo seis delas acusadas de roubo de suprimento de energia, segundo Hawari, os que foram acusados serão presos por oito meses e receberão multa de até R$ 10.000 cada um.

Com informações da CNBC

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