Pesquisa aponta que ecoturismo pode recuperar setor de turismo no pós-pandemia
Divulgação/Parque Ibirapuera
Pesquisa aponta que ecoturismo pode recuperar setor de turismo no pós-pandemia

Uma pesquisa realizada pelo Instituto Semeia em parceria com a consultoria BCG, aponta que parques nacionais poderão recuperar o setor de turismo no pós-pandemia e gerar até 1 milhão de empregos até 2022 . O levantamento considerou as riquezas naturais do país, como florestas e parques com vegetações naturais. 

Segundo o estudo, o Brasil ocupa a segunda colocação no índice de patrimônio natural, mas o ecoturismo gera apenas 0,14% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. No entanto, os pesquisadores acreditam em aumento de investimentos nos próximos meses e aumentar a representação no PIB para R$ 44 bilhões. 

“Temos um patrimônio natural único no mundo e que pode ser melhor utilizado dentro de uma estratégia de desenvolvimento sustentável para o país. Nessa estratégia, nossos parques podem ser os grandes vetores do desenvolvimento, muitas vezes em regiões afastadas dos grandes centros urbanos”,  afirma Fernando Pieroni, diretor-presidente do Instituto Semeia. 

O setor de turismo foi um dos mais afetados pela pandemia de Covid-19 entre 2020 e 2021. Por determinação de estados e municípios, eventos deixaram de ser realizados, hotéis fecharam as portas, comércio pausou suas operações e parques ficaram fechados por meses. Aeroportos, portos e transporte público também ficou limitado, o que prejudicou a arrecadação do setor no último ano. 

Na tentativa de recuperar os índices registrados pré-pandemia, empresários estudam alternativas para atrair consumidores na compra de pacotes de viagens e lazer. Para o Instituto Semeia, o ecoturismo pode ser uma opção para viajantes e empresários na busca da recuperação econômica

“O setor do turismo foi um dos mais afetados pela pandemia, de modo que a visitação em parques pode ser uma alavanca fundamental para a retomada do setor e da economia”, defende Pieroni.

No entanto, alguns cuidados ecológicos devem ser tomados para preservar o meio ambiente. Além do controle de visitantes, o coordenador do instituto, Rodrigo Góes, orienta melhorias de políticas públicas para parques nacionais e estaduais, além de desenvolvimento na gestão de bosques. 

“Atingir esse potencial requer uma série de políticas públicas coordenadas, inclusive relacionadas ao ordenamento da visitação nos parques, para se evitar danos ao meio ambiente. O fortalecimento da gestão de nossos parques é fundamental para podermos receber cada vez mais visitantes e, ao mesmo tempo, conservarmos a natureza para as próximas gerações”, diz Góes. 

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