Navio Evergreen encalhado no Canal Suez
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Navio Evergreen encalhado no Canal Suez

As empresas de transporte marítimo globais começaram a redirecionar as rotas de carga, desviando do Canal de Suez , no Egito, onde o navio Ever Given encalhou, bloqueando a passagem há quatro dias .

A colossal embarcação — com quase 400 metros de comprimento e pesando 200 mil toneladas— havia saído da Ásia e tinha como destino Roterdã, na Holanda, quando foi atingida por fortes rajadas de ventos.

Estimativas dão conta de que o engarrafamento de navios na região já cause prejuízos da ordem de US$ 9,5 bilhões em mercadorias. Sete navios-tanque transportando gás natural liquefeito (GNL) foram desviados na sexta-feira, depois que o bloqueio causou a suspensão do tráfego no canal. 

Três dos petroleiros estavam sendo desviados para a rota mais longa, em torno da África, via Cabo da Boa Esperança, segundo relatou para o site Bloomberg.com a empresa de inteligência de dados Kpler, acrescentando que a maioria dos petroleiros já estão sendo desviados.

“O trânsito planejado de 16 navios de GNL através do Canal de Suez será afetado se o congestionamento persistir até o fim desta semana”, disse Rebecca Chia, analista da Kpler, em Cingapura.

Até a manhã desta sexta-feira, o navio permanecia encalhado na mesma posição, com rebocadores e dragas ainda trabalhando para desencalhá-lo, segundo a Leth Agencies, prestadora de serviços do Canal.

Segundo a autoridade do canal, será necessário remover entre 15 mil e 20 mil metros cúbicos de areia para atingir uma profundidade de 12 a 16 metros. Essa profundidade provavelmente permitirá que o navio flutue livremente novamente, disse a fonte da Bloomberg.

A companhia marítima internacional Maersk disse, nesta sexta-feira, que estava "procurando todas as alternativas" para seus nove navios porta-contêineres que estão presos no engarrafamento do Canal de Suez.

— Todo mundo está fazendo planos de contingência enquanto conversamos— disse Peter Sand, analista-chefe de navegação da BIMCO, de acordo com a CNN.

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