Ministro da Economia, Paulo Guedes admite prorrogar o auxílio emergencial, mas defende redução do valor a R$ 200
José Cruz/Agência Brasil
Ministro da Economia, Paulo Guedes admite prorrogar o auxílio emergencial, mas defende redução do valor a R$ 200

O ministro da Economia, Paulo Guedes, admitiu, em reunião com empresários na terça-feira (19), prorrogar o auxílio emergencial, desde que o valor, hoje de R$ 600, passe a um terço disso, R$ 200, o mesmo que havia sido proposto pelo governo quando começou a se discutir a criação do benefício. As informações são do jornal Folha de S.Paulo .

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Para Guedes , o auxílio não poderia ser maior do que o Bolsa Família, já que, segundo ele, os beneficiários do programa de transferência de renda "de forma geral são mais vulneráveis que trabalhadores informais (os grandes beneficiados pelo auxílio)".

Criado para ter duração de três meses, com pagamentos em abril, maio e junho, a prorrogação por dois meses faria o auxílio permanecer até agosto, com possibilidade de pagamentos ficarem para setembro a depender dos calendários.

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"Se voltar para R$ 200 quem sabe não dá para estender um mês ou dois? R$ 600 não dá", disse o ministro na reunião com empresários, segundo a Folha . "O que a sociedade prefere, um mês de R$ 600 ou três de R$ 200? É esse tipo de conta que estamos fazendo. É possível que aconteça uma extensão. Mas será que temos dinheiro para uma extensão a R$ 600? Acho que não", completou.

"Se o Bolsa Família é R$ 200, não posso pagar mais que isso a um chofer de táxi no Sudeste", disse Guedes, comparando as necessidades entre beneficiários do Bolsa Família e do auxílio emergencial.

"Se falarmos que vai ter mais três meses, mais três meses, mais três meses, aí ninguém trabalha. Ninguém sai de casa e o isolamento vai ser de oito anos porque a vida está boa, está tudo tranquilo. E aí vamos morrer de fome do outro lado. É o meu pavor, a prateleira vazia", justificou.

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Defensor da reabertura da economia, bem como o presidente Jair Bolsonaro , Guedes diz que precisa haver um "equilíbrio" e que teme pelo desabastecimento, com uma possível redução da produção de alimentos.

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