Dólar segue em queda
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Dólar segue em queda


O dólar comercial começou esta quinta-feira (23) em queda, mantendo a tendência observada ontem. A moeda é negociada a R$4,161 após baixa de 0,32%. No mercado de ações , o Ibovespa (índice de referência da Bolsa de São Paulo) caiu 1,01%, aos 117.200 pontos.

As preocupações sobre o coronavírus na Ásia seguem no radar dos investidores. Internamente, os dados prévios da inflação de janeiro também impactam o mercado. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 ( IPCA -15) ficou em 0,71%, bem próximo da expectativa de 0,7% projetada pelos analistas consultados pela Bloomberg.

O resultado, porém, é visto pelo mercado com cautela e reduz um pouco as probabilidades de um corte adicional da taxa básica de juros ( Selic ) na próxima reunião do Comitê de Política Monetária ( Copom ), entre 4 e 5 de fevereiro.

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"Mesmo com o arrefecimento do preço da carne na inflação , o indicador segue pressionado. O resultado desta quinta contribui para diminuir o ímpeto das apostas do mercado em uma nova rodada de cortes na Selic ", avalia Pablo Spyer, diretor da corretora Mirae.

O possível corte na Selic acaba deixando o mercado local menos atraente para os investidores, principalmente em relação ao carry trade . O termo é usado para se referir a operação na qual os investidores tomam empréstimos em países com juros baixos para aplicar em títulos públicos de países emergentes, geralmente com juros elevados. Caso os juros brasileiros renovem a mínima histórica, o mercado doméstico fica menos atraente para o investidor.

Coronavírus e o mercado

Do lado externo, o aumento dos casos de contaminação do coronavírus fez com que os principais índices da Ásia fechassem em queda. O índice CSI300, que reúne as maiores companhias listadas em Xangai e Shenzhen, caiu 3,1%, na maior perda diária em quase nove meses. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 1,52%. No Japão, o Nikkei recuou 0,98%.

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A queda nas Bolsas da Ásia veio após o isolamento da cidade de Wuhan para conter o coronavírus. Os investidores acabaram vendendo ações relacionadas a restaurantes, cinemas, companhias aéreas e parques temáticos por temores de mais casos de contaminação.

"A China está às vésperas do Ano Novo Lunar (começa neste sábado, 25), o que gera receio de que o vírus pode se espalhar para outras regiões do país. Agora, o país está fechando estradas e isolando regiões de foco do coronavírus. Isso cria um receio porque ainda não se sabe os impactos dessa doença na economia", indica Victor Beyruti, economista da Guide Investimentos.

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