Os beneficiários do Bolsa Família começarão a receber nesta ter ça-feira (10) o abono natalino, equivalente ao pagamento da décima terceira parcela do benefício. Instituído pela Medida Provisória 898, editada em outubro, o abono consiste no benefício pago em dobro em dezembro.
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Segundo a Caixa Econômica Federal, que administra os pagamentos, 13,1 milhões de famílias estão sendo atendidas pelo Bolsa Família em dezembro. Neste mês, o governo desembolsará R$ 2,5 bilhões com o pagamento do benefício deste mês, mais R$ 2,5 bilhões com o décimo terceiro.
O benefício extra será pago com o mesmo cartão, nas mesmas datas e por meio dos mesmos canais pelos quais os beneficiários recebem as parcelas regulares do Bolsa Família. As famílias que recebem por meio de crédito em conta poupança ou na conta Caixa Fácil ter ão o valor do abono natalino creditado nas mesmas contas.
O calendário de pagamentos seguirá o dígito final do Número de Inscrição Social (NIS) do responsável familiar apresentado no cartão do programa.
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Beneficiários com o final 1 serão pagos nesta ter ça-feira. O cronograma segue com o pagamento aos beneficiários com final 2 na quarta (11); final 3, dia 12; final 4, dia 13; final 5, dia 16; final 6, dia 17; final 7, dia 18; final 8, dia 19; final 9, dia 20, e final 0, dia 23.
O pagamento do 13º , promessa de campanha do presidente Jair Bolsonaro, está previsto somente para este ano, diferentemente do anunciado pelo governo. O número de famílias atendidas pelo programa social voltado para pessoas em situação de pobreza e extrema pobreza também vem em queda durante o ano.
De acordo com dados obtidos pela Folha de S.Paulo , o ingresso de novos beneficiários atingiu os menores patamares da história no governo Bolsonaro , caindo de cerca de 200 mil famílias por mês para 2.500 em junho, mantendo-se abaixo de 10 mil desde então. Ainda de acordo com o jornal, o governo passou a barrar, em outubro, novos ingressantes por falta de recursos. O valor médio referente ao benefício do mês de novembro é de R$ 191,08.
A Folha diz que busca dados sobre os cortes e a fila de espera do programa de transferência de renda desde outubro e não obtém respostas do ministério da Cidadania. A fila de espera se forma quando as respostas em relação à adesão demoram mais de 45 dias. O jornal calcula que cerca de 700 mil famílias fazem parte do grupo.
Criado em 2004, o Bolsa Família atende famílias pessoas extremamente vulneráveis, que se encontram em situação de extrema pobreza , com renda mensal per capita de até R$ 89, e pobreza, com renda entre R$ 89,01 e R$ 178 por mês.
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De acordo com os dados oficiais, o número de famílias atendidas pelo Bolsa Família não cresce desde maio, quando atingiu o recorde de coberturas (14,3 milhões). Desde então, mais de um milhão de famílias foi excluída do atendimento. Entre outubro e novembro, a cobertura caiu de 13,5 milhões para 13,2 milhões.