Banco Central  reduz juros que chegam a menor taxa da série histórica
Marcos Santos/USP Imagens
Banco Central reduz juros que chegam a menor taxa da série histórica

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) decidiu nesta quarta-feira (18) reduzir a taxa básica de juros , a Selic, de 6% para 5,5% ao ano. O corte de 0,5 ponto percentual veio em linha com a expectativa do mercado, e o novo patamar é o menor da série histórica.

O último corte da taxa de juros havia sido anunciado em 31 de julho, quando o BC reduziu a Selic também em meio ponto percentual, de 6,5% para 6%, depois de dez reuniões optando pela manutenção da taxa.

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Na ocasião, o BC fez referência ao avanço das reformas no Congresso , em especial a da Previdência, e sinalizou que poderia continuar a afrouxar o ciclo de juros.

Em comunicado, o comitê avaliou que a inflação está num nível confortável, e colocou ainda que o contexto de desaceleração da economia global, aliado à baixa de juros nas principais economias, vem produzindo um ambiente relativamente favorável às economias emergentes, onde se encaixa o Brasil.

O colegiado voltou a ressaltar a importância da continuidade das reformas econômicas , afirmando que a percepção de continuidade dessa agenda afeta as projeções para a economia:

"O processo de reformas e ajustes necessários na economia brasileira tem avançado, mas enfatiza que perseverar nesse processo é essencial para a queda da taxa de juros estrutural e para a recuperação sustentável da economia", afirmou o comitê. 

O Copom ainda ressaltou que a percepção de continuidade da agenda de reformas afeta as expectativas e projeções macroeconômicas correntes. Em particular, o Comitê julga que avanços concretos nessa agenda são fundamentais para consolidação do cenário benigno para a inflação prospectiva.

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A definição se dá num cenário em que a economia continua enfraquecida, e o nível de desemprego ainda é alto. Entre abril e junho, o PIB avançou 0,4% em relação aos três primeiros meses do ano, acima das expectativas das expectativas do mercado.

Os dados do Banco Central, porém, indicaram uma retração de 0,16% no nível de atividade econômica do país em julho.

Segundo a pesquisa Focus do Banco Central, que ouve mais de 100 instituições financeiras semanalmente, a previsão para o PIB de 2019 é de 0,87%. A projeção de crescimento calculada pelo ministério da Economia é semelhante, e foi ajustada de 0,81% para 0,85% na semana passada.

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O Copom também voltou a afirmar, no comunicado desta quarta-feira, que o balanço de riscos feito pela autoridade monetária possibilita “ajuste no grau de estímulo monetário”, ou seja, novas reduções na taxa de juros.

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