O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse que as reformas estruturais  são importantes para manter inflação baixa
José Cruz/Arquivo/Agência Brasil
O presidente do Banco Central, Ilan Goldfajn, disse que as reformas estruturais são importantes para manter inflação baixa


O presidente do Banco Central (BC), Ilan Goldfajn, afirmou nesta sexta-feira (11), em um evento no Rio de Janeiro, que fazer reformas e ajustes estruturais na economia brasileira são medidas "essenciais" para manter a inflação baixa no País.

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De acordo com ele, essas medidas, além de combater a inflação, devem segurar também as taxas de juros e auxiliar na recuperação econômica. “Manter o controle da inflação é um trabalho contínuo, sabendo que reformas e ajustes necessários à economia brasileira são essenciais para manter a inflação baixa no médio e no longo prazos, para a queda estrutural das taxas de juros e para a recuperação sustentável da economia”, disse.

A declaração foi dada no mesmo dia em que o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil. O indicador fechou o ano a 3,75% .

Ilan Goldfajn lembrou que o índice ficou dentro da meta estipulada pelo BC, que era de 4,5% com intervalo de tolerância entre 3% e 6%. Segundo ele, a confiança na política monetária é fundamental para as expectativas do mercado.

“O mais importante é que as perspectivas de inflação para os próximos anos continuam dentro da meta”, afirmou. No primeiro Boletim Focus de 2019 , divulgado pelo Banco Central, a projeção de inflação para o fim deste ano ficou em 4,01%, com meta de 4,25% e intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.

Goldfajn fica no cargo deaté março, quando será substituído por Roberto Campos Neto, indicado do ministro da Economia, Paulo Guedes.

Conheça Roberto Campos Neto, o próximo presidente do Banco Central

Caberá a Roberto Campos Neto, futuro chefe do Banco Central, zelar pela política cambial, fixar a taxa de juros, regular o sistema bancário e perseguir as metas de inflação fixadas pelo governo
José Cruz/Agência Brasil
Caberá a Roberto Campos Neto, futuro chefe do Banco Central, zelar pela política cambial, fixar a taxa de juros, regular o sistema bancário e perseguir as metas de inflação fixadas pelo governo


Campos Neto, como sugere seu nome, é neto de Roberto Campos, que foi ministro do Planejamento de Castelo Branco durante a ditadura militar. Ele tem 49 anos e construiu sua carreira como operador financeiro. Para tomar posse, seu nome terá ainda de passar por uma sabatina na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado Federal.

Apesar da indicação de Campos Neto,  a preferência dos consultores econômicos do presidente Jair Bolsonaro, inclusive do ministro Paulo Guedes, era pela preferência de Ilan Goldfajn. Ele, contudo, preferiu deixar o posto.

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Cabe ao chefe do Banco Central - uma autarquia ligada ao ministério da Fazenda que tem status de ministério - zelar pela política cambial do país, fixar a taxa de juros básica, regular o sistema bancário nacional, bem como perseguir as metas de inflação fixadas pelo governo.

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