Segundo levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo) feito na semana passada, o preço da gasolina nos postos ficou em R$ 4,709 por litro, em média – mais de R$ 3 acima do valor praticado nas refinarias
Agência Brasil
Segundo levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo) feito na semana passada, o preço da gasolina nos postos ficou em R$ 4,709 por litro, em média – mais de R$ 3 acima do valor praticado nas refinarias

Nesta sexta-feira (9), a Petrobras anunciou a quinta redução consecutiva – só nesta semana – do preço da gasolina em suas refinarias. Com o corte de 1,32%, o litro do combustível passará dos atuais R$ 1,6958 para R$ 1,6734 a partir de amanhã (10).

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Desde o início da semana, quando o litro do combustível era vendido a R$ 1,8466 nas refinarias, o preço da gasolina já acumila queda de 9,38% (cerca de R$ 0,17). O corte anunciado hoje é o 16º seguido desde 25 de setembro, quando o litro do combustível custava R$ 2,2514 – valor 25,67% maior do que o praticado atualmente.

O repasse desse reajuste aos consumidores, porém, depende de distribuidores, revendedores, da carga de impostos embutida e da mistura obrigatória de etanol anidro à gasolina vendida à população. Segundo levantamento da ANP (Agência Nacional do Petróleo) feito na semana passada, o preço médio da gasolina nos postos ficou em R$ 4,709 por litro.

A redução do preço da gasolina nas refinarias é justificada, segundo a Petrobras , pela queda nos preços do petróleo nos mercados internacionais. Nesta sexta-feira, o barril do Brent ficou abaixo dos US$ 70 pela primeira vez em sete meses.

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A estatal adota essa política de reajuste dos preços desde julho de 2017. De acordo com a metodologia, as mudanças podem acontecer mais frequentemente, inclusive todos os dias, e refletem os preços praticados nos mercados internacionais e a cotação do dólar. Desde então, segundo o jornal Valor Econômico , o preço da gasolina nas refinarias acumula alta de 27,51%.

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Raio-X do preço da gasolina

De acordo com cálculos feitos pela própria Petrobras, os valores praticados nas refinarias equivalem a cerca de 30% do preço da gasolina pago pelos consumidores nos postos; outros 44% são formados por tributos
Marcelo Camargo/Agência Brasil
De acordo com cálculos feitos pela própria Petrobras, os valores praticados nas refinarias equivalem a cerca de 30% do preço da gasolina pago pelos consumidores nos postos; outros 44% são formados por tributos

De acordo com cálculos feitos pela própria Petrobras, os valores praticados nas refinarias equivalem a cerca de 30% do preço pago pelos consumidores nos postos. Essa porcentagem aproximada leva em conta a coleta de preços feita pela estatal entre os dias 28 de outubro e 3 de novembro em 13 regiões metropolitanas do País.

Outros 44% são formados basicamente por tributos. Destes, 29% correspondem ao ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços), recolhido pelos estados, e outros 15% são relativos à Cide (Contribuição de Intervenção no Domínio Econômico) e ao PIS/Cofins, de competência da União.

A diferença entre os impostos estaduais e federais está na forma com que são cobrados. O ICMS varia de acordo com o que é praticado nos postos, então cada vez que o preço da gasolina sobe, os estados arrecadam mais dinheiro. O PIS/Cofins e a Cide, ao contrário, são valores fixados por litro: o primeiro é de R$ 0,7925 e o segundo, de R$ 0,10.

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Do restante do preço da gasolina , 12% correspondem ao custo do etanol anidro, que, segundo a lei, deve compor 27% da gasolina comum. Os últimos 14%, por sua vez, são relativos aos custos e ao lucro de distribuidores e postos. Há cerca de seis meses, essa fatia era de 12%, o que sugere um aumento de dois pontos percentuais na margem de lucro desses agentes.


*Com informações da Agência Brasil

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