Retração do número de desempregados no Brasil pode ser explicada pelo aumento de trabalhadores sem registro; veja
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Retração do número de desempregados no Brasil pode ser explicada pelo aumento de trabalhadores sem registro; veja

De acordo com o balanço do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgado nesta terça-feira (31), o número de desempregados no Brasil caiu para 13 milhões de pessoas no trimestre de abril a junho deste ano. Com a nova marca, o índice de desemprego diminuiu para 12,4%. Para se ter uma ideia, entre os meses de janeiro e março, a taxa era de 13,1%, o que significa que  13,7 milhões de cidadãos estavam desocupadas no período.

O IBGE também comparou os novos resultadoss do trimestre encerrado em junho com o mesmo período de 2017. Nessa perspectiva, o número de desempregados no Brasil também obteve queda, uma vez que havia 13,5 milhões de pessoas desocupadas no País.

Entenda a redução no número de desempregados no Brasil

Maior taxa de trabalhadores por conta própria também contribiu para queda no número de desempregados no Brasil
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Maior taxa de trabalhadores por conta própria também contribiu para queda no número de desempregados no Brasil

Se o índice de desemprego diminuiu, a taxa de população ocupada subiu. Segundo o balanço, no mês de junho, 91,2 milhões de pessoas estavam empregadas, já que houve um adicional de 657 mil pessoas no grupo em relação ao trimestre anterior. A soma significa uma alta de 0,7%.  Por outro lado, frente ao mesmo período de 2017, o acréscimo foi de um milhão de pessoas na categoria.

Entretanto, a apuração constatou que o número de  trabalhadores com carteira assinada obteve uma queda de 1,5% no confronto com o mesmo trimestre de 2017, enquanto que, em relação ao período encerrado em março, o resultado foi de estabilidade.

Com isso, a pesquisa explica a alta da população ocupada com o crescimento do número de pessoas executando serviços sem carteira assinada, comportamento que vem obtendo altas consecutivas nos últimos levantamentos.

No setor privado, por exemplo, esse contingente cresceu 2,6% só no comparativo com o trimestre anterior, o que significa mais 276 mil pessoas. Frente ao trimestre março a junho, o resultado também é de alta, visto que mais 367 mil trabalhadores passaram a integrar o grupo.

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Além disso, a categoria dos trabalhadores por conta própria também registrou expansão na comparação anual, com crescimento de 2,5%, ou mais 555 mil pessoas no grupo, o que também explica o aumento na taxa de população ocupada no País e a retração de trabalhadores com carteira assinada. A marca de 23,1 milhões de pessoas, divulgada hoje, é praticamente estável em relação ao trimestre anterior.

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O grupo dos empregados no setor público, que inclui servidores estatuários e militares, estimado em 11,6 milhões de pessoas, subiu 3,5% frente ao resultado de março. Em relação ao mesmo trimestre de 2017, houve aumento de 2,7%, ou mais 310 mil pessoas.

Segundo o IBGE, o setor de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais foi o que mais empregou em relação ao trimestre encerrado em março de 2018, com 588 mil pessoas a mais fazendo parte do contingente. O setor da indústria também se destacou, com alta de 2,5% do contingente de ocupados. Os demais grupamentos não apresentaram variação significativa.

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Renda dos brasileiros

Queda no número de desempregados no Brasil não impacta no valor do rendimento médio real habitual
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Queda no número de desempregados no Brasil não impacta no valor do rendimento médio real habitual

Diferente do número de desempregados no Brasil  que vem sofrendo variações significativas, quando o assunto é salário, o rendimento médio real habitual do último trimestre, de R$ 2.198, é praticamente estável frente ao trimestre anterior, quando a marca estava em R$ 2.192. Na comparação com o mesmo período de 2017, o marcador segue também um tanto invariável, já que, em junho de 2017, a marca era de R$ 2.174. 

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