Boletim Focus é uma pesquisa realizada pelo Banco Central com as principais instituições financeiras do País e divulgada semanalmente
shutterstock
Boletim Focus é uma pesquisa realizada pelo Banco Central com as principais instituições financeiras do País e divulgada semanalmente

As principais instituições financeiras do País, consultadas peloBanco Central (BC) esperam por manutenção da taxa básica de juros, a Selic, em 6,5%, nesta semana, informou o Boletim Focus. O indicador ganhou importância essa semana porque antecipa a expectativa do mercado para a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC nesta quarta-feira (1º) que definirá a Selic.

Leia também: Mesmo com problemas econômicos, governo bate recorde de arrecadação em junho

E as expectativas apontadas no Boletim Focus devem se confirmar, se considerarmos que nas duas últimas reuniões, o Copom optou por manter a taxa em 6,5%, depois de promover um ciclo de cortes que levou ao menor nível histórico. Além disso, para o mercado financeiro, não deve haver alteração na Selic até o fim deste ano.

Já em 2019, a taxa deve subir e encerrar o período em 8% ao ano. Isso porque a Selic é o principal instrumento do BC para manter sob controle a inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Juros são ferramenta para controlar a inflação

Banco Central, através do Copom, usa Selic para controlar a inflação projetada em 4,11% pelo mercado, segundo Boletim Focus
iStock
Banco Central, através do Copom, usa Selic para controlar a inflação projetada em 4,11% pelo mercado, segundo Boletim Focus

Quando o Copom aumenta a Selic , o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança.

Dessa forma, quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle da inflação. A manutenção da Selic, como prevê o mercado financeiro, indica que o Copom considera as alterações anteriores suficientes para chegar à meta de inflação .

Leia também: Déficit de R$ 14,42 bilhões é o melhor resultado das contas públicas desde 2015

Você viu?

Em 2018, o centro da meta de inflação é 4,5%, com limite inferior de 3% e superior de 6%. Para 2019, a previsão é 4,25%, com intervalo de tolerância entre 2,75% e 5,75%.

Para 2020, a meta é 4% e, para 2021, é de 3,75%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para os dois anos (2,5% a 5,5% e 2,25% a 5,25%, respectivamente).

A estimativa de instituições financeiras para o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA, a inflação oficial do país) este ano permanece em 4,11%. Para 2019, a projeção segue em 4,10. Também não houve alteração na estimativa para 2020 e 2021, que é 4%.

Atividade econômica projetada pelo Boletim Focus

Carregado pelo agronegócio pelo segundo ano consecutivo, Boletim Focus prevê PIB de 1,5% em 2018
Divulgação/Ministério da Agricultura
Carregado pelo agronegócio pelo segundo ano consecutivo, Boletim Focus prevê PIB de 1,5% em 2018

Já a projeção do mercado para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de todos os bens e serviços produzidos no país – foi mantida em 1,50% neste ano pela segunda semana seguida.

Para 2019, a estimativa segue em 2,50% há quatro semanas consecutivas. As instituições financeiras também projetam crescimento de 2,50% do PIB em 2020 e 2021.

Leia também: INCC desacelera, mas sobe 0,72% em julho, aponta FGV

Por último, a previsão do mercado financeiro medida pelo Boletim Focus para a cotação do dólar permanece em R$ 3,70 no fim deste ano e de 2019.

    Mais Recentes

      Comentários

      Clique aqui e deixe seu comentário!