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O volume de brasileiros com contas em atraso e registrados nos serviços de crédito registrou alta de 0,23% em novembro em relação ao mesmo período de 2016, segundo dados divulgados nesta segunda-feira (11) pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL). A elevação faz a inadimplência atingir 59,9 milhõs de consumidores no período.

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A quantidade de consumidores com nome negativado em novembro representa 39,5% da população com idade entre 18 e 95 anos. "Mesmo com a estabilidade [em relação aos períodos anteriores], a cifra ainda é bastante elevada. Para as empresas, o cenário implica a perda de potenciais consumidores; para os consumidores, implica restrição do acesso ao crédito", afirma o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro, sobre as consequências do atual nível de inadimplência.

Segundo SPC Brasil e CNDL, a inadimplência atinge, principalmente, consumidores entre 30 e 39 anos
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Segundo SPC Brasil e CNDL, a inadimplência atinge, principalmente, consumidores entre 30 e 39 anos

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Segundo ele, a redução do índice passa pela melhora das condições econômicas e, em especial, pela redução da taxa de desemprego. "Nos últimos meses, a economia brasileira iniciou um processo de recuperação. A atividade avançou por três trimestres consecutivos e a inflação e os juros recuaram. Algumas mudanças de regras também favorecem o consumidor, a exemplo das novas regras do rotativo do cartão de crédito", analisa.

No entanto, Pellizzaro afirma que "a recuperação ainda é incipiente e não atinge o bolso do consumidor". Ainda de acordo com o levantamento, o grupo de consumidores com faixa etária entre 30 e 39 anos possui a maior frequência de inadimplentes, com 49% dos consumidores com o nome em alguma lista de devedores. Em seguida, está a população entre 40 e 49 anos, com 47% dos consumidores negativados.

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Entre os consumidores entre 25 e 29 anos, 46% estão com nome negativado. A proporção cai para 21% entre aqueles com idade entre 18 e 24 anos. Na população idosa, considerando a faixa etária entre 65 e 84 anos, a proporção é de 31%.

O levantamento sobre consumidores em situação de inadimplência utiliza os dados aos quais SPC Brasil e CNDL têm à disposição. As informações se referem às capitais e ao interior das 27 unidades da federação, com margem de erro de 4 pontos percentuais e confiabilidade de 95%.

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