Garimpo em que trabalhadores extraíam ouro em situações análogas à escravidão
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Garimpo em que trabalhadores extraíam ouro em situações análogas à escravidão

A operação Minamata, deflagrada pela Polícia Federal (PF), identificou 16 trabalhadores em situação análoga à escravidão em um garimpo de ouro no Amapá. Eles eram obrigados a repassar parte de seus lucros à cooperativa e aos donos da lavra. As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (1º) na sede da PF em Macapá.

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As investigações que levaram aos trabalhadores em situação análoga à escravidão foram iniciadas em 2015, após uma ação do Ministério do Trabalho em que foram encontrados vários trabalhadores em situações degradantes, sendo explorados por donos de garimpos e uma cooperativa fraudulenta. 

Após a ação de auditoria realizada pelo ministério, foi criada uma força-tarefa que contou com a participação de diversos orgãos, posteriormente havendo a deflagração por parte da PF da investigação sobre exploração e comercialização ilegal de ouro. O trabalho resultou em 11 mandados de prisão, apreensão de documentos e interdição de áreas irregulares.

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“Identificamos, em duas ações realizadas, graves problemas trabalhistas, de degradação e de segurança e saúde, inclusive com a constatação de morte de trabalhadores nas frentes de trabalho nos últimos anos no local. Encontramos uma cooperativas fraudulenta que lucra com a exploração dos trabalhadores cooperados”, explicou a auditora-fiscal do Trabalho Jamile Freitas durante a coletiva.

A cooperativa será notificada pelo Ministério do Trabalho sobre as irregularidades que foram encontradas. Além disso, os empregadores também serão identificados para que os trabalhadores resgatados pelo Grupo Móvel possam ser indenizados.

Força-tarefa

Os órgãos qeu participaram da força-tarefa na investigação foram o Ministério do Trabalho, o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM), o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), o Ministério Público do Trabalho (MPT), o Ministério Público federal (MPF), a Polícia Federal e a Polícia Rodoviária Federal.

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“Quero que os trabalhadores tenham a certeza de que o combate ao trabalho escravo é uma política pública permanente que continuará recebendo toda a atenção deste Ministério”, afirmou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira, sobre os trabalhadores em situação análoga à escravidão.

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