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IBGE evidencia crescimento de 11,7%  no segmento de tecidos, vestuário e calçados em setembro
Repodução/ITV
IBGE evidencia crescimento de 11,7% no segmento de tecidos, vestuário e calçados em setembro

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (14) os resultados da Pesquisa Mensal do Comércio , que mostrou um avanço de 0,5% no varejo nacional, em outubro. A alta compensou a queda de 0,4% registrada no mês anterior, quando interrompeu um período de quatro meses seguidos de expansão, com ganho acumulado de 2,3%.

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O IBGE também evidenciou crescimento de 11% na receita nominal, o que trouxe estabilidade para a média móvel trimestral, que ficou em 0,1% no trimestre encerrado em setembro deste ano. Na série sem ajuste sazonal e em comparação ao igual mês do ano passado, o varejo avançou 6,4%. Os índices foram todos positivos no fechamento do trimestre, com 4,3% no acumulado até setembro e 1,3% em ambas as comparações com 2016.

Em contrapartida, o indicador acumulado nos últimos 12 meses recuou 0,6%, porém mantendo a trajetória de recuperação iniciada em outubro do ano passado, quando caiu 6,8%. Nessa mesma comparação, a alta na receita foi de 4,5%. Em relação ao comércio varejista ampliado – que abrange as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção – as vendas registraram variação de 1%, frente a agosto deste ano.

Na comparação com setembro de 2016, o varejo cresceu 9,3%, sua quinta taxa positiva consecutiva. Já para as taxas acumuladas, os resultados foram: 2,7% no acumulado do ano e uma baixa de 0,1% nos últimos 12 meses.

Atividades e segmentos

Ainda na comparação com agosto e na série com ajuste sazonal, houve alta de 1% nas vendas do setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, assim como no de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com 4,3% e de outros artigos de uso pessoal e doméstico, com 2,9%. Tecidos, vestuário e calçados e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação também variaram positivamente, com respectivamente 0,2% e 0,9%.

Em contrapartida, combustíveis e lubrificantes, com menos 0,7% e livros, jornais, revistas e papelarias, com queda de 3,4% representaram as baixas mensais. As vendas de móveis e eletrodomésticos, com recuo de 0,7%, interromperam a sequência de quatro taxas positivas no ano, período em que acumulou ganho de 6,1%. Na comparação com setembro de 2016, o volume do varejo, com 6,4% atingiu a taxa mais elevada desde a de 6,7% de abril de 2014.

Cinco das oito atividades apresentaram variações positivas nas vendas, com destaque para: hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com 6%, móveis e eletrodomésticos, com 16,6%, outros artigos de uso pessoal e doméstico, com 10,8%, tecidos, vestuário e calçados, com 11,7% e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, com 8,3%.  Entre as baixas, estão: combustíveis e lubrificantes, com decréscimo de 4,1%, livros, jornais, revistas e papelaria, com recuo de 6,4% e equipamentos e material para escritório, informática e comunicação, com retração de 3%.

A alta de 6% no setor de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, maior resultado desde abril de 2014, foi fortemente impulsionada pela deflação no preço dos alimentos e pela captação de receitas de empresas que ampliaram pontos de venda nessa atividade. Já o segmento de móveis e eletrodomésticos, com mais 16,6%, foi impactado pela redução da taxa de juros no crédito às pessoas físicas e pela melhora percebida no mercado de trabalho.

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A atividade outros artigos de uso pessoal e doméstico, abrangente a segmentos como lojas de departamentos, ótica, joalheria, artigos esportivos, brinquedos, entre outros, cresceu 10,8% no volume de vendas, frente a setembro do ano passado. Enquanto o setor de tecidos, vestuário e calçados, com sua quarta maior contribuição para a composição da taxa geral, permanece com o desempenho acima da média geral do varejo.

Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, representou a terceira maior contribuição na taxa global do varejo, com avanço de 1% no acumulado dos primeiro nove meses do ano. Por outro lado, combustíveis e lubrificantes deteve o maior impacto negativo, influenciado pela alta dos preços de combustíveis, que ficou acima da variação média.

O recuo de 3% do segmento de equipamentos e material para escritório, informática e comunicação também contribuiu negativamente no resultado global, com taxas acumuladas em -1,1% no ano e -2,3% nos últimos 12 meses. A atividade de livros, jornais, revistas e papelaria foi outra em declínio, influenciada pela perda gradual de espaço do formato impresso, além da elevação dos preços acima da inflação.

No comércio varejista ampliado, o avanço de 9,3% representou a maior taxa positiva desde outubro de 2012, com ganho acumulado até setembro de 2,7% e recuo de 0,1% na taxa acumulada nos últimos 12 meses. O desempenho do segmento refletiu o comportamento das vendas de veículos, motos, partes e peças, com a principal contribuição para o resultado geral do varejo ampliado.  No que se diz respeito ao segmento material de construção, a variação para o volume de vendas foi de 15,5%.

Crescimento

As vendas nacionais, com crescimento de 4,3% no terceiro trimestre deste ano, aceleraram o ritmo de alta em relação ao segundo trimestre, com a taxa positiva mais elevada desde primeiro trimestre de 2014, de 4,5%.  

O aumento no ritmo das vendas do varejo na transição do segundo para o terceiro trimestre foi observado em cinco das oito atividades avaliadas: móveis e eletrodomésticos, ao passar de 8,8% para 15,3%, tecidos, vestuário e calçados, de 6,5% para 12,1%, artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, de 1,1% para 4,9%.

O comércio varejista ampliado, por sua vez, também destacou acréscimos no ritmo das vendas na passagem, que foram de 2,9% para 7,5%, ambos na comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. Assim como as atividades de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, indo de -0,9% para 10,4% e de 5% para 13,2%, respectivamente.

Unidades da Federação

Ainda na passagem de agosto para setembro e na série com ajuste sazonal, o varejo registrou avanço em 18 das 27 Unidades da Federação, com destaque para a Paraíba, com 3,5%, Amazonas, com 3,3%, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, ambos com 3,1%. Com desempenho contrário, houve queda na taxa de Minas Gerais, com menos 2%, enquanto a do Piauí manteve-se estável ante o resultado de agosto.

Na base comparativa com o mesmo mês do ano passado, houve elevação nas taxas de 23 das 27 Unidades da Federação, sendo as maiores em Mato Grosso, com 18,1%, Acre, com 17,3% e Rondônia, com 16,7%. Já as maiores quedas partiram de Goiás, Roraima e Distrito Federal, com recuos de respectivamente, 7,2%, 4,5% e 3,1%. Em relação aos contribuintes no resultado total do varejo, São Paulo, com 6,9%, Rio Grande do Sul, com 12,9%, Paraná, com 10,4% e Santa Catarina, com 15,1%, obtiveram maior eficiência.

Segundo a apuração do IBGE, o comércio varejista ampliado registrou acréscimo em 25 das 27 UFs. Em termos de volume de vendas, Tocantins, com 24,4%, Amazonas, com 20,8% e Rio Grande do Sul, com 20,4%, foram evidenciados. Enquanto Goiás, com menos 8,4% e Rondônia, com baixa de 4% representaram as quedas mais significativas.

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