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IBGE evidencia alta de  0,26 ponto percentual  no IPCA em outubro,  com variação de 0,42%
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IBGE evidencia alta de 0,26 ponto percentual no IPCA em outubro, com variação de 0,42%

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta sexta-feira (10) os resultados do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo ( IPCA ), que em outubro ficou 0,26 ponto percentual acima da taxa de setembro, com variação de 0,42%. No ano, o índice acumula 2,21%, abaixo dos 5,78% do mesmo período do ano passado, sendo o menor patamar para um mês de outubro desde 1998, quando marcou 1,44%. Vale ressaltar que esse índice refere-se a inflação, sendo o valor oficial. 

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Já nos últimos 12 meses, o IBGE apontou uma taxa de 2,70%, superior aos 2,54% registrados nos 12 meses anteriores. Vale mencionar que em outubro do ano passado, o IPCA ficou em 0,26%. Dos nove grupos de produtos e serviços avaliados, apenas alimentação e bebidas, com menos 0,05% e artigos de residência, com queda de 0,39% apresentaram resultados negativos. Enquanto o grupo habitação, com 1,33%, impactou o índice em 0,21 ponto percentual.  

Grupos

O grupo alimentos recuou pelo sexto mês seguido, com baixa de 0,05%. A queda foi vista como menos intensa em relação ao decréscimo de 0,41% de setembro. É importante lembrar que tal período de retrações também ocorreu em 1997. Nos últimos 12 meses, a variação acumulada do grupo é de -2,41%, enquanto no ano, a variação é de menos 2,02%, sendo a menor já registrada para o período desde a implantação do Plano Real em 1994.

Os alimentos para consumo em casa foram de -0,74% em setembro para -0,17% em outubro, com destaque para a batata-inglesa, que avançou de -8,06% para 25,65% e para o tomate, de -11,01% para 4,88%. Em contrapartida, houve queda nos seguintes itens: feijão-mulatinho, com baixa de 18,41%, alho, com menos 7,69%, feijão-carioca, com recuo de 3,29%, açúcar cristal, com decréscimo de 3,05%, leite longa vida, com -2,99% e arroz, com -1,14%. Regionalmente, as variações ficaram entre -1,08%, de Recife, e 0,61%, de Curitiba.

O grupo alimentação fora apresentou  alta de 0,16%, indo de -1,46%, no Rio de Janeiro, até 2,55%, em Belém. Já em artigos de residência, houve queda de 0,39%, influenciada pela baixa de 1,10% nos eletrodomésticos. No que se diz respeito aos acréscimos do mês, habitação, com 1,33%, responsável por quase metade do IPCA, foi fortemente impactado pela energia elétrica, que ficou em média 3,28% mais cara.

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A partir do primeiro dia de outubro, entrou em vigor a bandeira tarifária vermelha patamar 2, com adicional de R$ 3,50 a cada 100 Kwh consumidos. Enquanto em setembro, a bandeira amarela era a vigente, com mais R$ 2 a cada 100 Kwh. Nas regiões pesquisadas, o item foi de -2,27%, em Vitória, até 18,77%, em Goiânia.

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Além do reajuste médio de 15,70% no valor das tarifas, foi registrado um aumento na alíquota do PIS/COFINS. Em Vitória, a queda foi em função da redução da alíquota do imposto. Em Brasília, houve reajuste médio de 6,84% e de 22,59% em uma das empresas analisadas em São Paulo, a partir de 23 de outubro.

Ainda no grupo habitação, o gás de botijão variou 4,49%, ocasionado pelo reajuste médio, nas refinarias, de 12,90% no preço do gás de cozinha vendido em botijões de 13 kg. Em Curitiba, a taxa referente ao gás encanado ficou em 4,71%.

Nos índices regionais, os resultados ficaram entre -0,10%, em Vitória, e 1,52%, em Goiânia. Nesta, a alta foi potencializada pela energia elétrica, com 18,77% e pelos combustíveis, com 7,75%.  Aqui, destaca-se o preço da gasolina, que ficou em média 7,87% mais cara. Em Vitória, o movimento foi contrário, com queda de 2,27% na  energia elétrica e recuo de 1,22% na gasolina.

INPC

O IBGE ainda mostrou uma variação de 0,37% no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) em outubro. No ano, o acumulado ficou em 1,62%, abaixo dos 6,36% obtidos em igual período do ano passado. Em relação aos últimos 12 meses, o índice foi de 1,83%, acima da taxa de 1,63% dos 12 meses anteriores. Em outubro do ano passado, o INPC variou 0,17%. Os produtos alimentícios caíram 0,11% e o agrupamento dos não alimentícios ficou em 0,58%. Em termos regionais, as variações foram de -0,22%, no Rio de Janeiro, até 1,50%, em Goiânia.

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