Paulo Rabello de Castro, presidente do BNDES, disse que fontes internacionais servirão para complementar recursos
Fernando Frazão/Agência Brasil
Paulo Rabello de Castro, presidente do BNDES, disse que fontes internacionais servirão para complementar recursos

O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) poderá utilizar dinheiro captado no mercado externo para devolver recursos antecipados ao Tesouro Nacional. As informações foram divulgadas presidente do banco, Paulo Rabello de Castro , nesta segunda-feira (9).

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De acordo com Castro, a principal fonte de recursos do banco até 2007 era o Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT), enquanto na sequência vinham os fundos internacionais, via empréstimos de entidades multilaterais e, em terceiro, as captações no mercado doméstico. A perspectiva agora, segundo o presidente do BNDES , é voltar a esse cenário.

“Teremos o FAT como principal fonte de fundos, talvez com um sistema de remuneração atualizado, tendo em vista a mudança da Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP) para Taxa de Longo Prazo (TLP)”, afirmou. 

Ainda segundo o presidente da entidade, os recursos serão complementados por fontes internacionais. No mês de novembro, o presidente do banco de fomento fará uma viagem a Nova York para conversar com agências de classificação de risco para descolar o rating (que define o grau de investimento) do banco da nota de crédito do Brasil, que está em queda.

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Existem várias entidades multilaterais, de acordo com Castro, que estão interessadas em parcerias com o banco, entre elas o Banco de Desenvolvimento da China, a Agência Francesa de Desenvolvimento, o Banco de Desenvolvimento dos Brics (grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e o banco estatal de desenvolvimento da Alemanha (KFW).

JBS

Durante a divulgação de informações, o presidente do banco voltou a afirmar nesta segunda-feira que o banco não cometeu irregularidades nos financiamentos concedidos à JBS. Ele disse que, quando o banco empresta ou coloca recursos sob a forma de ações em uma empresa, o mutuário que pegou o empréstimo ou o controlador que pegou os valores representativos de ações têm que ter responsabilidade de utilizar seus recursos de forma correta. “O BNDES não é babá de empresário”, afirmou.

Eleição

A assinatura de uma ficha de filiação ao PSC foi confirmada por Castro, que não descartou uma candidatura à Presidência da República no ano que vem: “Não posso descartar nada. Nós temos que ter completa disponibilidade em relação ao País”.

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Apesar disso, o presidente do BNDES disse que sua prioridade no momento é o banco. “Temos que continuar fazendo o nosso trabalho. E o meu trabalho, nessa virada de 2017 para 2018, é recondicionar o banco para que ele possa dar uma resposta mais forte em 2018. Nós estamos precisando muito de ampliar o coeficiente de recuperação da economia brasileira”, finalizou.

*Com informações da Agência Brasil

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