Inflação deve fechar o ano em 3%, bem abaixo do teto da meta estipulado pelo governo. A estimativa foi feita pelo Boletim Focus
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Inflação deve fechar o ano em 3%, bem abaixo do teto da meta estipulado pelo governo. A estimativa foi feita pelo Boletim Focus



O Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (25) pelo Banco Central, apontou que os economistas de mais de 100 instituições financeiras estimam que a inflação deste ano fique abaixo do limite inferior da meta estipulada pela autoridade monetária. A projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) caiu de 3,08% – estimativa da semana passada – para 2,97%.

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Caso a estimativa divulgada pelo Boletim Focus se concretize, o Banco Central tem como obrigação elaborar uma carta aberta ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, em que deve explicar o que ocasionou o descumprimento da meta. A meta da inflação a ser perseguida pelo BC tem como centro o índice 4,5%, podendo variara ao limite inferior de 3% e o superior de 6%.

O IPCA tem apresentado quedas consecutivas ao longo deste ano, tanto que na quinta-feira (21), o diretor de Política Econômica do Banco Central , Carlos Viana de Carvalho, informou que se a inflação fica abaixo do limite mínimo, a explicação do BC para justificar a “falha” será informada com  “serenidade”.

A projeção do BC para a inflação , medida pelo IPCA , é de 3,2% este ano. Segundo o Relatório Trimestral de Inflação, o risco de o IPCA ficar abaixo do limite inferior da meta é de 36%.  Para 2018, a estimativa dos economistas ouvidos  pela autoridade monetária para a inflação foi reduzida de 4,12% para 4,08%. Essa foi a quarta redução seguida.

Outros indicadores

O principal instrumento usado pelo Banco Central para controlar a inflação no País é a taxa básica de juros – Selic. Atualmente a Selic é de 8,25% ao ano, após passar por um ciclo de reduções iniciadas no final do ano passado. Com a inflação com indicadores ainda instáveis, a autoridade monetária já informou que na próxima reunião marcará o fim gradual do ciclo de cortes da Selic.

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Quando o Copom diminui os juros básicos, a tendência é que o crédito fique mais barato com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação. Já quando o Copom aumenta a Selic, o objetivo é conter a demanda aquecida, e isso gera reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. A expectativa do mercado financeiro para a Selic foi mantida em 7% ao ano, no fim de 2017, e ao final de 2018.

Outro indicador estimado pelo Boletim Focus refere-se ao Produto Interno Bruto ( PIB ), que no informe desta segunda-feira (25) foi novamente ajustado, ao passar de 0,60% para 0,68% este ano. Para 2018 a projeção é de PIB em 2,30% – na semana passada a estimativa era de 2,20%.  

*Com informações da Agência Brasil

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