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Os brasileiros depositaram mais do que sacaram na poupança pelo quatro mês seguido. Segundo dados divulgados nesta quarta-feira (6) pelo Banco Central , a captação líquida, isto é, a diferença de depósitos e retiradas, em agosto somou R$ 2,14 bilhões. O valor é menor que o registrado em julho (R$ 2,34 bilhões), mas foi o melhor resultado para meses de agosto desde 2013, quando os depósitos superaram retiradas em R$ 4,65 bilhões.

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Apesar do resultado positivo, as retiradas seguem registrando níveis maiores que os depósitos em 2017. No acumulado para os primeiros oito meses do ano, a caderneta de poupança registrou saque líquidos de R$ 7,81 bilhões. Mesmo assim, este foi o melhor resultado para o período desde o ano de 2014, quando a aplicação registrou captações líquidas de R$ 14,16 bilhões.

Nos 12 meses terminados em agosto, rendimento da poupança ficou em 6,90%, acima da inflação medida pelo IPCA
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Nos 12 meses terminados em agosto, rendimento da poupança ficou em 6,90%, acima da inflação medida pelo IPCA

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Até 2014, os brasileiros depositavam mais do que retiravam. Naquele ano, as captações líquidas chegaram a R$ 24 bilhões. Com o início da recessão econômica, em 2015, os investidores passaram a retirar dinheiro da caderneta para cobrirem dívidas, num cenário de queda da renda e aumento do desemprego. Em 2016, os saques superaram os depósitoso em R$ 40,7 bilhões.

Rendimento

Em agosto, a caderneta voltou a atrair recursos mesmo com a queda de juros, já que o investimento voltou a garantir rendimentos acima da inflação, que está em queda. Nos 12 meses terminados em agosto, o rendimento ficou em 6,90%. Já a inflação oficial, medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), soma 2,46% no mesmo período, no menor nível no acumulado de 12 meses desde fevereiro de 1999.

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Apesar da queda dos juros, a poupança segue como uma opção atrativa. Hoje, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciará o novo patamar da Selic, a taxa básica de juros da economia. Para economistas, o índice deve cair para 8,25% ao ano, fazendo com que a caderneta passe a render um pouco menos. Ainda assim, segundo a Associação Nacional dos Executivos de Finanças Administração e Contabilidade (Anefac), o dinheiro continuará rendendo mais na caderneta que na maioria dos fundos de investimento.

* Com informações da Agência Brasil.

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