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O governo voltou a adiar o anúncio da nova meta fiscal para os anos de 2017 e 2018. A equipe econômica pretende buscar números mais precisos para evitar novas mudanças. Para isso, técnicos da Receita Federal e do Tesouro Nacional foram convocados para discutir quais medidas serão tomadas para atingir o resultado estabelecido para este período.

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A atual meta fiscal para 2017 prevê um deficit primário de R$ 139 bilhões, mas, segundo o jornal, o governo pretende ampliar o rombo até R$ 159,5 bilhões, mesmo resultado observado em 2016. A intenção com o estabelecimento do limite é mostrar compromisso com o ajuste fiscal entre os dois anos. Ao mesmo tempo, o governo também deverá fazer alterações para os números do ano que vem.

Por 'Centrão', ala do governo defende meta fiscal com previsão de deficit de R$ 189 bilhões para 2017
Rafael Neddermeyer/Fotos Públicas
Por 'Centrão', ala do governo defende meta fiscal com previsão de deficit de R$ 189 bilhões para 2017

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Para 2018, a meta é de deficit de R$ 129 bilhões, mas certamente será alterada. As discussões giram em torno da nova projeção. Enquanto parte do governo defende a fixação em R$ 159 bilhões negativos por conta de dificuldades em garantir receitas no próximo ano, outra parcela deseja que a previsão de deficit fique em R$ 149 bilhões a fim de indicar um sinal de compromisso com o ajuste fiscal.

Inicialmente, o anúncio de novas metas estava previsto para a última quinta-feira (10). No entanto, o governo decidiou pelo adiamento após não conseguir chegar em um consenso. Segundo "O Estado de S. Paulo", o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Moreira Franco, assim como líderes do governo no Congresso, defendiam um rombo maior, chegando a R$ 189 bilhões. A alternativa é vista por esta ala como a saída para lidar com aumento das despesas com a queda das receitas.

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De acordo com este grupo, a vantagem de estabelecer uma meta fiscal com deficit ainda maior ajudaria a acomodar as demandas do chamado "Centrão", o grupo de partidos menores que ajudou a barrar a denúncia contra Temer na Câmara dos Deputados. Os parlamentares deste grupo se mostram contrários ao aumento dos impostos. Para a equipe econômica, no entanto, a medida é vista como essencial para reequilibrar as contas.

*Com informações da Agência Brasil

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