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Indicador da FGV, que mede o clima econômico da América Latina, apontou queda na média e pior resultado em 10 anos
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Indicador da FGV, que mede o clima econômico da América Latina, apontou queda na média e pior resultado em 10 anos


Indicador de Clima Econômico da América Latina (ICE), elaborado em parceria pelo Instituto alemão Ifo e a Fundação Getúlio Vargas, apontou que ICE recuou 5,5 pontos entre abril e junho, ao atingir 72 pontos no período analisado.

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Segundo a FGV , o indicador ficou 17 pontos abaixo da média histórica iniciada em 2008, sendo o pior resultado no período. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (10) e é reflexo do momento atual desses países e da perspectiva em curto prazo.

“Tanto pela situação corrente que se encontra a América Latina quanto pelas perspectivas de curto prazo: o Indicador da Situação Atual (ISA) caiu 2,2 pontos indo para 37,4 pontos; e o Indicador das Expectativas (IE) recuou 10,3, ficando em 116,5 pontos”, indicou o comunicado da Fundação.

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Foi apurado no estudo que, a queda mais expressiva, se deu no Brasil onde o ICE passou de 79 para 59 pontos no período analisado pelas instituições. Segundo a divulgação, apesar de se manter na zona favorável de 134,6 pontos em julho, o Indicador das Expectativas foi o que mais contribuiu negativamente para queda da ICE ao recuar 54,7 pontos em relação a abril. Já o Indicador da Situação Atual, mesmo recuando três pontos, se manteve na zona desfavorável (7,7 pontos) em relação a abril.

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Análise

A repercussão dos dados feita pela pesquisadora da FGV/Ibre, Lia Valls Pereira, a piora no ICE ocorre em um cenário externo favorável com preços das commodities em alta e crescimento do comércio mundial. “Na América Latina, questões domésticas de cunho econômico e/ou político explicam o recuo do ICE”, acentuou.

“Incertezas quanto aos resultados de eleições (Chile e Argentina); piora na avaliação de riscos por agências de rating (Chile e Brasil); temas de corrupção (Peru e Brasil, por exemplo), baixo crescimento econômico generalizado na região e questões fiscais envolvendo vários países” são fatores que dominam o cenário da região, enfatizou a pesquisadora. 

Outros dados

A pesquisa da Ifo em parceria com a FGV identificou ainda que o Índice de Situação Econômica do Mundo ficou estável em julho, fenômeno que vem de uma trajetória de melhora desde julho de 2016.

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