Cultivo de café foi o carro-chefe do crescimento da criação de empregos, com 10.804 postos criado
Arquivo/Agência Brasil
Cultivo de café foi o carro-chefe do crescimento da criação de empregos, com 10.804 postos criado

O Brasil registrou a criação de 9.821 vagas de empregos no mês de junho, o que representa variação positiva de 0,03% na comparação com maio. Foi a terceira expansão consecutiva e a quarta registrada este ano, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgado nesta segunda-feira (17) pelo Ministério do Trabalho.

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“Este resultado confirma, mais uma vez, a tendência de recuperação gradual do mercado de trabalho do Brasil”, comentou o ministro do Trabalho, Ronaldo Nogueira. Os números de junho refletem a diferença entre 1.181.930 admissões e 1.172.109 desligamentos. No acumulado do ano, o crescimento chega a 67.358 empregos criados, representando expansão de 0,18% em relação ao estoque de dezembro de 2016. No mesmo período do ano passado, o saldo havia sido de -531.765.

Considerando o acumulado dos últimos 12 meses, o Caged ainda aponta uma redução de 749.060 postos de trabalho, mas na comparação entre o saldo positivo de junho de 2017 (9.821 postos) com o mesmo mês do ano passado (-91.032 postos) e de 2015 (-11.199 postos), a recuperação do mercado de trabalho se mostra significativa. “São números que nos dão a certeza de que, depois de dois anos de saldos negativos, o Brasil está voltando aos trilhos do crescimento, com a abertura de novas vagas para os trabalhadores”, disse o ministro.

Por setor

Dois setores foram responsáveis por impulsionar o saldo positivo de junho. A Agropecuária fechou o mês com 36.827 novos postos (+2,29%), repetindo o bom desempenho de maio, quando já havia registrado saldo positivo de 46.049 novos postos de trabalho. Mais uma vez, o cultivo de café foi o carro-chefe do crescimento, com 10.804 postos criados, principalmente em Minas Gerais.

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Houve também destaque nos subsetores de atividades de apoio à agricultura , que teve 10.645 vagas abertas, com concentração em São Paulo; cultivo de laranja, que abriu 7.409 postos, também concentradas em São Paulo; e o cultivo de soja, que teve 2.480 novas vagas, principalmente no Mato Grosso.

Além disso, também se destacou a Administração Pública, que fechou o mês com a criação de 704 novas vagas de emprego (+0,08%). Os demais setores, no entanto, apresentaram redução: Construção civil, com -8.963 postos (-0,40%), Indústria de Transformação, com -7.887 postos (-0,11%), Serviços, com -7.273 postos (-0,04%), e Comércio, com -2.747 postos (-0,03%).

Três subsetores se destacaram com saldos positivos na Indústria de Transformação. O número de contratações foi maior que o de desligamentos na indústria de produtos alimentícios, bebidas e álcool etílico, com a criação de 3.772 postos (+0,20%); indústria têxtil do vestuário e artefatos de tecidos, com mais 1.376 postos (+0,16%) e indústria química de produtos farmacêuticos, veterinários, perfumaria, que criou 735 postos (+0,08%). No setor de serviços, também houve criação de novas vagas no subsetor de serviços médicos, odontológicos e veterinários, que registrou 7.266 novos postos abertos.

Por região

O Sudeste liderou a criação de vagas em junho, com 9.273 novos postos (+0,05%). O desempenho da região foi puxado por Minas Gerais, que teve saldo positivo de 15.445 postos, graças à expansão dos setores de Agropecuária (+17.161 postos) e Serviços (+901 postos).

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Com a criação de 8.340 empregos (+0,26%), o Centro-Oeste também se destacou. Nesse caso, o saldo positivo foi impulsionado pelo Mato Grosso, com 5.779 vagas abertas, principalmente nos setores de Agropecuária (+2.614), Comércio (+1.070), Serviços (+761), Construção Civil (+757) e Indústria de Transformação (+531). Goiás também teve forte expansão, com 4.795 novos postos, refletindo o desempenho de Indústria de Transformação (+2.117), Serviços (+1.486) e Construção civil (+628).

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