Carne cortada facilita identificação de eventuais inflamações causadas pela vacina contra a febre aftosa
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Carne cortada facilita identificação de eventuais inflamações causadas pela vacina contra a febre aftosa

Seguindo determinação do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), os frigoríficos brasileiros passarão a exportar carne in natura de cortes dianteiros para os Estados Unidos apenas na forma de recortes, cubos, iscas ou tiras. De acordo com uma nota divulgada pela pasta, a medida visa facilitar as negociações para retomar as vendas àquele mercado.

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Em coletiva de imprensa concedida no último dia 23, o secretário executivo do Mapa , Eumar Novacki, havia antecipado essa determinação. O ministério acredita que os problemas comunicados pelo governo norte-americano são decorrentes da vacinação contra a febre aftosa, que poderia causar inflamações. Novacki, no entanto, garantiu que apenas a aparência da carne fica comprometida e que o produto não oferece nenhum risco a saúde.

As exportações do Brasil para os Estados Unidos são da parte dianteira completa do boi, local onde o gado recebe a vacina contra a febre aftosa. Mesmo que não esteja aparente, alguma inflamação pode ser detectada quando a peça é cortada.

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Depois da Operação Carne Fraca, mercados como os dos Estados Unidos e da Comunidade Europeia determinaram a fiscalização de 100% das carnes brasileira. No final do mês passado, os Estados Unidos suspenderam a importação de carnes frescas do Brasil. As 15 plantas que realizavam a exportação para o país acumularam, de janeiro a maio, US$ 49 milhões na operação.

Negociação

O diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), José Luis Vargas, e o coordenador-geral de Controle e Avaliação do Dipoa, Rafael Filipputti, se reunirão com autoridades sanitárias dos Estados Unidos , em Washington, no próximo dia 13. O objetivo é discutir as medidas de controle adotadas depois que foram detectados abcessos nas carnes bovina in natura exportada ao mercado norte-americano.

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O prazo para que estabelecimentos industriais revisassem seus programas de autocontrole da carne e implementassem medidas adicionais de reinspeção foi encerrado na última sexta-feira (30). O Serviço de Inspeção Federal (SIF) também revisou seus planos de fiscalização nos estabelecimentos registrados no Mapa.

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