Helio Brito fundou a Ooxy Radio Indoor após entrar em loja infantil que tocava heavy metal
Rafael de Almeida
Helio Brito fundou a Ooxy Radio Indoor após entrar em loja infantil que tocava heavy metal

Uma das marcas estreantes da 26ª ABF Franchising Expo se destaca por seu trabalho, no mínimo, inusitado. A Ooxy Radio Indoor conta com profissionais especializados em curadoria musical para criar playlists pesonalizadas e ajudar PMEs a aumentarem suas vendas.

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De acordo com pesquisas divulgadas pela empresa, o uso da música nos pontos de venda é essencial para o sucesso das PMEs . O levantamento aponta que 14% dos consumidores compram mais se a loja estiver tocando a música adequada, enquanto 36% compram menos caso o som de background não seja agradável. Além disso, 35% das pessoas afirmaram ficar mais tempo no local quando gostam da música, enquanto outros 44% disseram ir embora quando são incomodados pelo som.

A percepção de que a organização de playlists poderia se tornar um negócio começou quando Helio Brito, fundador da empresa, procurava presentes para um bebê e passou por uma loja infantil que tocava heavy metal. Ao som de Metallica, o empreendedor percebeu que a solução para este problema viria a ser a chava para seu sucesso. 

"Comecei a desenvolver um software para eu fazer a gestão remota do conteúdo musical e com isso eu montei uma empresa. Depois que eu testei o sistema, montei uma empresa e instalei no salão de beleza da minha irmã para fazer um teste. Foi super bem. Eu conseguia trocar da minha casa as músicas que tocavam no salão", conta o empresário.

O êxito da marca, que já está há 10 anos no mercado, fez com que Brito resolvesse abrir a empresa para o franchising. Segundo ele, o modelo de negócios escolhido na operação faz com que o investimento na Ooxy Radio Indoor seja uma opção muito segura para o franqueado.

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"Ele ganha na mensalidade. Todo mês ele ganha. Se o cliente aumenta o número de lojas, ele ganha em cima do crescimento do cliente. Se ele aumenta o número de clientes, ele vai aumentando a sua carteira, então é um negócio que ele só ganha mais", explica.

Apesar da segurança, é preciso trabalhar bastante para ter sucesso com uma franquia da marca. Brito diz que o franqueado precisa ter habilidade para captar e entender as necessidades dos clientes.  

"Ele investe R$ 18 mil. Ele trabalha de casa, basta ter um smartphone, um laptop conectado a internet, e aí vai visitar clientes. Ele vai chegar em uma rede de lojas da cidade dele, claro, ele vai receber o treinamento para ter a conversa, descobrir questões ligadas à marca daquele cliente, ao público que frequenta a loja. Ele manda tudo isso para os nossos curadores, que processam a informação e montam a playlist ideal para determinado cliente. Ele instala o sistema nas lojas e a gente roda um teste inical, gratuito, até fazer todos os ajustes e a playlist estar perfeita para aquele determinado cliente", conta o empreendedor sobre o processo operacional da empresa. 

Por ser um negócio diferente, a desconfiança ainda afeta os resultados da Ooxy em relação ao número de franqueados. "Vender uma franquia inusitada é muito mais difícil porque as pessoas ainda não sabem que existe um serviço profissional de tocar música nas loja", diz. "Primeiro o empreendedor tem que entender que oportunidade é essa de negócio. Primeiro eu tenho que dar esse passo para depois vender a franquia para ele. Eu acho que é muito mais difícil a gente vender uma franquia desse tipo do que se fosse uma franquia de pão de queijo, que todo mundo sabe o que é", continua.

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Do lado dos PMEs que contratam os serviços da empresa, no entanto, a desconfiança é menor. O empresário acredita que a maioria deles já sabe a importância de tocar músicas nas lojas para aumentar as vendas. "O que as pessoas ainda estão aprendendo é que não pode ser o gosto pessoal dela. Tem que ser o gosto que está relacionado à construção da marca dela, à experiência do cliente na loja dela. Então a gente ajuda nesse processo do cara desapegar da playlist de gosto pessoal", finaliza Brito.

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