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De acordo com a FGV, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,92% em junho
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De acordo com a FGV, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,92% em junho

Nesta quarta-feira (14), o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV) divulgou os resultados do Índice Geral de Preços-10 ( IGP-10 ), que apresentou deflação de 0,62% em junho. A taxa registrada no mês de maio foi de -1,10%.

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Em junho de 2016, a FGV apontou variação de 1,42% no indicador. Já a taxa acumulada neste ano, até junho, é de -1,43%. Em 12 meses, o houve crescimento de 0,08%. Vale lembrar que o IGP-10 é calculado com base nos preços coletados entre os dias 11 do mês anterior e 10 do mês de referência.

IPA

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA)  obteve alta, ao passar de -1,74 em maio para -1,17%, em junho. Já os bens finais apresentaram taxa de variação de 0,16%, em junho, ante a 0,18%, de maio. O subgrupo combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de 0,41% para -2,03% foi considerado o principal contribuinte para o movimento do indicador. Em relação ao índice relativo a bens finais (ex), calculado sem os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, a variação foi de 0,21% ante a 0,15% do mês anterior.

O índice do grupo bens intermediários também apresentou variação positiva de 0,16%, uma vez que havia registrado -0,38% em maio. O subgrupo materiais e componentes para a manufatura foi apontado como a principal influência para o avanço, ao passar de -0,48% para 0,04%. Já o índice de bens intermediários (ex), adquirido após a exclusão do subgrupo combustíveis e lubrificantes para a produção, variou negativamente em 0,04%. No mês anterior, a taxa foi de -0,42%.

O índice do grupo matérias-primas brutas também registrou um avanço, com taxa de -4,34% no mês. Em maio, o resultado foi de -5,46%.  De acordo com o levantamento, contribuíram para a aceleração do grupo os itens: soja em grão, indo de -1,80% para 3,31%, milho em grão, de -9,62% para -4,62% e mandioca, de -10,14% para -6,78%. Por outro lado, os itens minério de ferro, bovinos e cana-de-açúcar destacaram-se negativamente, ao passarem de -13,57%, -0,92%, e -2,66% para -16,54%, -2,19% e  -3,18%, respectivamente.

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IPC

Em junho, o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) variou 0,21%, mesma taxa registrada no mês anterior. A principal contribuição para a melhora no resultado partiu do grupo habitação, que passou de 0,03% para 0,83%. Nesta classe de despesa, vale enfatizar o comportamento do item tarifa de eletricidade residencial, cuja taxa avançou de -1,13% para 4,76%.

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Também foram observados aumentos nas taxas de variação de despesa de educação, leitura e recreação, indo de -0,61% para 0,20%, vestuário, de 0,00% para 0,48% e despesas diversas, ao passar de 0,17% para 0,48%. Nestas classes de despesa, o comportamento dos itens passagem aérea, roupas femininas e tarifa postal contribuíram para a alta, uma vez que acresceram de -16,73%, 0,34% e 0,57% para 4,65%,  0,52% e  7,90%, respectivamente.

Em sentido contrário, a principal influência partiu do grupo alimentação, que variou de 0,23% para -0,44%.  Nesta classe de despesa, o maior contribuinte para a desaceleração veio do item hortaliças e legumes, cujo a taxa passou de 7,15% para - 4,55%.

Mais decréscimos foram observados nos seguintes grupos: saúde e cuidados pessoais, indo de 1,14% para 0,69%, comunicação, de 1,12% para 0,01% e transportes, de 0,00% para - 0,11%. Para cada uma dessas classes de despesa, é importante citar o comportamento de medicamentos em geral, que passou de 2,85% para 0,49%, pacotes de telefonia fixa e internet, cuja a taxa variou de 2,37% para - 0,49% e tarifa de ônibus urbano, ao retrair de 0,82% para 0,05%.

INCC

De acordo com a FGV, o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC) variou 0,92%, em junho, ante a - 0,02%, do mês anterior. Enquanto o índice relativo a materiais, equipamentos e serviços registrou taxa de - 0,09%. Vale lembrar que em maio, a taxa havia sido de - 0,06%. Já o índice que representa o custo da mão de obra registrou variação de 1,76% frente a 0,02% do mês anterior.  

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