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De acordo com o índice FipeZap, entre os meses de abril e maio o preço médio do imóvel residencial caiu 0,16% no País, o que representa a maior queda mensal desde 2012. Não há duvidas de que essa é uma boa notícia aos consumidores, uma vez que a casa própria continua como um dos principais objetivos dos brasileiros, ainda mais diante da realidade do defict habitacional do Brasil.

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O novo bairro e/ou cidade podem elevar o custo de vida, e este não pode deixar de ser considerado na escolha da casa própria, assim como os gastos com o transporte
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O novo bairro e/ou cidade podem elevar o custo de vida, e este não pode deixar de ser considerado na escolha da casa própria, assim como os gastos com o transporte

O doutor em educação financeira, presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros (Abefin) e da DSOP Educação Financeira, Reinaldo Domingos, avalia também que nos últimos 12 meses o preço do imóvel pronto para morar no País teve uma alta acumulada de 0,46% - o que é bem abaixo da inflação, o que significa um bom momento para comprar uma casa própria , caso a pessoa esteja preparada financeiramente.

Mas Domingos alerta que para ser um consumidor preparado é necessário primeiramente se preocupar com a educação financeira para que a compra não se transforme em uma dívida descontrolada e resulte na devolução do mesmo.

“É importante que quem tenha esse objetivo comece a se planejar em longo prazo, contudo culturalmente. Desde os nossos primeiros ganhos, sempre aprendemos a consumir e nunca a poupar, e quando poupa, se pensa somente em curto prazo, e não em médio e longo prazo”, diz o especialista.

Desta forma, as possibilidades para que esse sonho se torne realidade ficam restritas ao financiamento e pelo sistema de habitação, pagando juros, que muitas vezes equivalem ao preço do imóvel. E para reverter essa situação, Reinaldo Domingos elaborou algumas dicas para quem está em busca de realizar esse sonho:

Converse

Defina com a família aspectos gerais sobre o tema. Nesta conversa, determine o bairro desejado e o orçamento que tem condições de custear, tudo dentro da realidade financeira.

Poupe

Além de poupar parte do dinheiro que se ganha, Domingos também recomenda que o consumidor faça simulações – em qualquer banco – de quanto custaria a prestação do imóvel. Fazer um investimento conservador como poupança, CDB ou tesouro direto, também é uma recomendação.

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Analise

Compare o valor do aluguel que está sendo pago mensalmente, caso a despesa seja o mesmo valor da prestação de um financiamento, talvez seja uma boa opção investir esse dinheiro no próprio imóvel.

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Lembre-se I

Domingos alerta que o financiamento de um imóvel é considerado uma dívida de valor, e que por conta disso deve ser protegida e garantida antes mesmo de pagar as despesas mensais.

Atente-se

Identificar se o valor do imóvel desejado é adequado ao seu padrão de vida é essencial, o especialista ainda aponta que muitas vezes esse fator não é levado em consideração pelo consumidor, o que é um grande erro.

Reserve

É importante ter em mãos também uma reserva estratégica, para que o financiamento nunca deixe de ser pago, independente do que aconteça.

Reveja

É possível que o consumidor se depare com a incapacidade de pagar a casa própria, neste caso, é preciso rever imediatamente os gastos familiares – principalmente as pequenas despesas, pois elas podem levar o orçamento doméstico ao desequilíbrio.

Lembre-se II

Um imóvel novo pode demandar novos custos como mobiliário novo, condomínio e taxas de transferência. Tudo isso deve estar previsto nas despesas.

Calcule

O novo bairro e/ou cidade podem elevar o custo de vida, e este não pode deixar de ser considerado na escolha da casa própria, assim como os gastos com o transporte.

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