Brasil Econômico

O frigorífico JBS se tornou alvo de três novos processos administrativos na Comissão de Valores Mobiliários (CVM), autarquia  vinculada ao Ministério da Fazenda que regula e fiscaliza o mercado de capitais. Os processos foram abertos nos dias 12, 17 e 18 de maio e se juntam a outras três investigações já existentes contra a empresa. Os novos procedimentos servirão para apurar notícias, fatos relevantes e comunicados envolvendo a empresa.

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A CVM não informou o teor dos processos, porém a  JBS é uma das empresas investigadas na Operação Lava Jato e também está envolvida em outras operações deflagradas recentemente pela Polícia Federal para apurar supostos desvios, pagamentos de propina e fraudes na liberação de recursos públicos. Há ainda indícios de que a empresa teria se beneficiado com a alta do dólar.

Em nota, a JBS afirmou que gerencia de maneira minuciosa sua exposição ao câmbio e às commodities
Divulgação/JBS
Em nota, a JBS afirmou que gerencia de maneira minuciosa sua exposição ao câmbio e às commodities

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A suspeita é que o frigorífico tenha comprado uma alta quantia da moeda americana na quarta-feira (17), horas antes da divulgação da gravação feita por um dos controladores da empresa, Joesley Batista, durante a conversa com o presidente Michel Temer. De acordo com o empresário, Temer dá aval para o pagamento de uma mesada para garantir o silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha. Em pronunciamento na quinta-feira (19), o presidente negou as acusações, pediu investigação rápida e disse que não renunciará.

Proteção financeira

Em nota, a empresa afirmou que gerencia de maneira minuciosa e diária sua exposição cambial e de commodities. "Tendo em vista a natureza de suas operações, a JBS tem como política e prática a utilização de instrumentos de proteção financeira visando, exclusivamente, minimizar os seus riscos cambiais e de commodities provenientes de sua dívida, recebíveis em dólar e de suas operações.”

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No comunicado, a JBS acrescentou que as movimentações feitas nos últimos dias estão "alinhadas à sua política de gestão de riscos e proteção financeira". O frigorífico afirmou que "um exemplo do potencial impacot de oscilações na cotação do dólar é que, ao considerar a variação cambial na cotação do dólar de R$ 3,16 para R$ 3,40, como a ocorrida entre 31 de março [fechamento do primeiro trimestre] e 18 de maio, a companhia sofreria um prejuízo superior a R$ 1 bilhão".

* Com informações da Agência Brasil.

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