Os aplicativos de instituições financeiras se tornaram o canal preferido dos clientes de bancos. Segundo a Pesquisa de Tecnologia Bancária 2017, realizada pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o mobile banking foi responsável por 34% do total das operações em 2016. Por diversos motivos, esta foi a primeira vez que a modalidade ultrapassou o internet banking, que realizou 23% das transações.

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No ano passado, a participação dos aplicativos teve um aumento de 14 pontos percentuais em relação a 2015. Ao mesmo tempo, o internet banking apresentou queda de 9 pontos percentuais. De acordo com o diretor setorial de Tecnologia e Automação Bancária da Febraban, Gustavo Fosse, o uso crescente de smartphones contribui para a popularização dos apps. "Há uma tendência de forte crescimento que vem acontecendo nos últimos anos", diz.

Para especialistas, evolução da tecnologia faz aplicativos se tornarem mais populares que o internet banking
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Para especialistas, evolução da tecnologia faz aplicativos se tornarem mais populares que o internet banking

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Aliado a isso, estão os investimentos realizados pelos bancos para que os clientes tenham uma melhor experiência com os apps. Entre 2015 e 2016, os investimentos das instituições financeiras em tecnologia se mantiveram praticamente estáveis, apesar do recuo da economia no período. No ano passado, os bancos direcionaram R$ 5,3 bilhões na área. Mais da metade do valor (R$ 2,9 bilhões) foi utilizado com softwares das empresas.

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O número abrange todos os sistemas das empresas, mas a avaliação é que, como consequência dos investimentos, os clientes têm menos receio para usar as plataformas. "É possível perceber uma confiança maior dos consumidores em relação aos aplicativos dos bancos", analisa Fosse. Ao mesmo tempo, as plataformas para clientes que desejam acessar suas contas por computadores deixou de ser a alternativa que oferece mais praticidade.

Para o executivo da Febraban, não se trata de uma falha por parte dos sites, mas, sim, de uma facilidade do ambiente mobile. Ele lembra, ainda, que mudança de preferência para outra plataforma se trata de uma característica dos consumidores brasileiros, que estão usando cada vez mais os smartphones. "Nossa preocupação é atender nosso cliente em qualquer canal", resume. Para isso, são ofertados os mais diversos serviços , de acesso a extratos e a realização de transferências até informações sobre previdência privada, seguros e empréstimos.

Agências bancárias em risco?

Apesar do crescimento dos serviços digitais, engana-se quem acredita que as agências perderam sua relevância frente aos consumidores. "Se você observar as agência bancárias, elas tiveram um incremento de transações", explica Fosse. Segundo a pesquisa, as transações feitas nas unidades físicas dos bancos passarão de R$ 4,4 bilhões em 2015 para R$ 5,3 bilhões em 2016.

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"Nós temos clientes que preferem ir à agência. O que a gente vem observando é que as agências mudaram seu perfil, mais para consultoria. Esse perfil tem se alterado". Mesmo com o crescimento dos aplicativos e a queda do internet banking, a tendência pode ser percebida pelo número de agências abertas no país. Um levantamento do Banco Central revela que, no ano passado, foram 500 novas unidades, totalizando 23,4 mil no Brasil. O número representa uma retomada após a queda registrada em 2015.

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