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As despesas com a Previdência cresceram R$ 16 bilhões no primeiro trimestro deo ano, na comparação com o mesmo período do ano passado. De acordo com informações divulgadas nesta segunda-feira (17) pelo secretário de Acompanhamento Econômico do Ministério da Fazenda, Mansueto Almeida, os números incluem gastos com o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e com a aposentadoria de servidores públicos.

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No período, as depesas discricionárias, isto é, as não obrigatórias do governo federal tiveram corte de R$ 10 bilhões. "Ou seja, o governo cortou R$ 10 bilhões de despesa discricionária e mesmo assim não foi suficiente para contrabalançar uma crescimento de R$ 16 bilhões da despesas com Previdência ", disse Mansueto, que afirmou que as despesas do setor vem tomando partes cada vez maiores do Orçamento do governo.

De acordo com Mansueto, mais da metade do crescimento das despesas entre 1991 e 2016 foi com a Previdência
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De acordo com Mansueto, mais da metade do crescimento das despesas entre 1991 e 2016 foi com a Previdência

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Mansueto lembrou que a dinâmica do crescimento de gastos previdenciários no Brasil com o envelhecimento da população faz com que a reforma seja necessário para o país. "O Brasil ainda é um país jovem, e gastamos mais da metade do que se chama gasto social com Previdência. Isso simplesmente não é sustentável, então a reforma da Previdência é algo essencial”.

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Segundo o secretário, mais da metade do crescimento do gasto do Orçamento entre 1991 e 2016 foi com o sistema previdenciário. "O gasto do INSS não para de crescer, em decorrência, entre outras causas, do rápido processo envelhecimento da população", disse. De acordo com Mansueto, sem a reforma da Previdência, as despesas com o INSS chegarão a 16% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2060.

Ele também criticou as desigualdades no modelo previdenciário atual, com favorecimento dos funcionários públicos. "Não é justo com a sociedade que funcionários públicos se aposentem cedo e tenham rendimentos acima do setor privado".

Relatório da reforma da Previdência

Em participação em seminário realizado nesta segunda-feira (17), o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, afirmou que a aprovação do relatório é "uma questão de necessidade matemática, financeira, fiscal. Se o país não fizer uma reforma no devido tempo, em primeiro lugar as taxas de juros brasileiras, ao invés de cais, vão voltar a subir fortemente".

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O representante do governo também argumentou para uma futura falta de recursos para o financiamento do consumo, do investimento e a possibilidade do desemprego voltar a crescer. O relatório sobre a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 287/2016 deve ser apresentado nesta terça-feira (18) pelo deputado Arthur Maia (PPS-BA) relator na comissão especial na Câmara que trata sobre a reforma da Previdência.

* Com informações da Agência Brasil.

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