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SPC Brasil aponta que  60% dos MPEs pretendem recorrer ao capital próprio para investir
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SPC Brasil aponta que 60% dos MPEs pretendem recorrer ao capital próprio para investir

O Indicador de Demanda por Crédito e Investimento apurado pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) e pela Confederação Nacional de Dirigentes (CNDL) apontou que em fevereiro, a intenção de investir nos próximos 90 dias, dos micro e pequenos empresários (MPEs) cresceu ao atingir 34,3 pontos.

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De acordo com o SPC Brasil , é o segundo mês consecutivo que a intenção dos MPEs registra acréscimo, ante ao mesmo período de 2016, quando o indicador marcou 12,8 pontos. Contudo, mesmo sendo o maior resultado da série histórica, iniciada em 2015, a intenção de investimento ainda é considerada baixa.

Vale ressaltar que o indicador varia de 0 a 100. Quanto mais próximo a 100, maior é demanda do empresário por investimento. 

Justificativas

Entre os 59% que não pretendem investir, cerca de 41% justificou a decisão afirmando não haver necessidade para a ação. Já 29% asseguraram não investir devido à crise econômica e 14% ainda aguardam retorno de aplicações passadas.

Em relação aos 29% dos empresários que estimam investir nos próximos três meses, 46% afirmaram querer aumentar as vendas, 22% pretendem adaptar suas respectivas empresas a uma nova tecnologia e 12% investirão para atender uma demanda crescente.

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“Devido à crise econômica, os projetos de expansão das empresas são colocados em segundo plano. A preocupação de grande parte dos empresários passa a ser, então, lidar com a queda do faturamento e o aumento da inadimplência”, explicou o presidente da CNDL, Honório Pinheiro.

O levantamento ainda apontou que entre os que planejam investir, 60% pretendem recorrer ao capital próprio guardado na forma de aplicações. Os outros 12% asseguraram executar a ação por meio da venda de algum bem.

O destino dos investimentos mais citados pelos empresários foram ampliação de estoques, reforma da empresa, compra de máquinas e equipamentos e de mídia e propaganda, com 30%, 26%, 24% e 21%, respectivamente. 

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Contratação de crédito

Segundo o indicador de demanda por crédito, 8 em cada 10 MPEs, ou seja, 79%, não tem pretensão de contratar crédito nos próximos três meses, ante a 10% que não souberam dar uma resposta com propriedade e 6% que visam contratação. Apesar do avanço de 4,2 pontos, o índice ainda se mantém baixo, com 16,2 pontos.

Entre os que não pretendem tomar crédito, 40% asseguraram conseguir se manter com recursos próprios, 27% não irão fazê-lo pelas altas taxas de juros e 19% por conta das condições econômicas do País.

Dos que contratarão crédito nos próximos 90 dias,  50%  ainda não sabem qual modalidade escolherão, 18% devem recorrer ao microcrédito, 10% ao cartão de crédito empresarial e 8% ao cheque empresarial. No que se diz respeito aos destinos do crédito, capital de giro foi o mais citado, com 38%, seguido de compra de máquinas ou equipamentos, com 30% e ampliação dos negócios, com 22%.

Segundo o SPC Brasil, 27% dos empresários consideram contratar crédito algo difícil, sendo as altas taxas de juros e o excesso de burocracia e exigência dos bancos os principais motivos, com 49% e 42%, respectivamente. Já entre as modalidades de crédito mais difíceis de serem contratadas estão os empréstimos em instituições financeiras, com 29% e os financiamentos, com 16%. Em contrapartida, 22% consideram a contratação algo simples, sendo o bom relacionamento com os bancos, o pagamento de contas em dia e o tempo de existência da empresa apontadas como as principais justificativas.

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