O pagamento por meio do celular pode parecer distante para muitos, mas já é uma realidade bem avança no Brasil. Pesquisa realizada pela americana ACI Worldwide no ano passado identificou que o mobile wallets, ou carteira eletrônica, cresceu de forma significativa no País. O crescente número de aplicativos com essa função fizeram com que o consumidor brasileiro utilizasse mais o celular como forma de pagamento.

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O CEO da Kiik, Maurício Valim, afirma que os aplicativos de pagamento mobile tem muito espaço para crescer no País
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O CEO da Kiik, Maurício Valim, afirma que os aplicativos de pagamento mobile tem muito espaço para crescer no País


Para se ter uma ideia do crescimento em 2015, 36% dos brasileiros tinham usado aplicativos de pagamento pelo celular, enquanto em 2014 esse índice era de 19%. A pesquisa identificou ainda que o mobile wallets cresce em maiores proporções em regiões em que as opções de pagamentos eletrônicos são menos maduras.

Em entrevista ao Brasil Econômico o CEO da Kiik – especializada em pagamento por celular –, Mauricio Valim, explicou que a tecnologia passou a ser oferecida no País há pouco mais de cinco anos. “Entre 2012 e 2013 começaram a surgir as primeiras wallets mobile no Brasil, vinculadas a aplicativos de táxi, e a pioneira foi o Vá de Táxi, que forneceu a wallet integrada ao KiiK”, disse.

Outra explicação para o crescimento desse setor é o crescimento das vendas feitas por meio de dispositivos móveis como celulares e tablets. “No início, o pagamento mobile representava cerca de 5% das vendas, e hoje gira em torno de 30% ou até 40%”, enfatizou o executivo exemplificando o potencial dos serviços móveis no mercado brasileiro.

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Assim como as máquinas de cartão de crédito e débito, que precisam de conexão com a internet para funcionar, o mobile wallets também e a internet móvel no Brasil ainda é pouco eficiente. Questionado sobre a ineficiência da internet móvel no País, Valim afirmou ser um entrave, mas é um desafio que o setor de pagamento enfrenta junto. “Mesmo em grandes cidades a queda de conexão é uma preocupação para que o pagamento seja realizado sem fricção. O pagamento, que é para ser mais rápido e prático, pode ser trabalhoso, mas esse é um desafio que mesmo os terminais POS (máquinas) para pagamento com cartão físico também enfrentam já que operam com chip de dados”.

Mesmo com o entrave de infraestrutura, Valim acredita que as empresas têm se preocupado e atentos aos avanços tecnológicos que estão por vir no segmento. “As empresas estão se preparando, pois os clientes têm buscado mais essa tecnologia”.

Mercado

Bom para quem usa a tecnologia e melhor para quem desenvolve. Por ser um mercado em potencial, em especial aos aplicativos que oferecem essa modalidade de pagamento, a estimativa do executivo é fechar 2017 com 70% de crescimento e em 2018 com 50%. A explicação para as expectativas positivas segundo Valim, é que o mercado, por ser em um  nicho inovador, ainda existe muito espaço para o desenvolvimento de soluções.

 E para se diferenciar dos concorrentes, o sistema da KiiK promete agilidade para o pagamento com  aprovação dos mesmos ao lojista em três segundos. A empresa, além da solução desenvolvida para aplicativos de taxi, tem um app próprio que é ofertado a empresas de comércio e serviços.

Na KiiK oferecemos tanto a estrutura de Wallet para integrar a aplicativos de clientes nossos (como aplicativo de táxis, por exemplo), como também temos um aplicativo próprio para pagamento de pessoas ou locais, como um salão de beleza, restaurante academia ou mesmo um prestador de serviço. 

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