FGV aponta nível de demanda atual como maior contribuinte para queda no ISA
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FGV aponta nível de demanda atual como maior contribuinte para queda no ISA

A Fundação Getulio Vargas divulgou nesta sexta-feira (24), um recuo de 1,2 ponto no Índice de Confiança da Indústria em fevereiro, ao passar para 87,8 pontos. Em janeiro, o índice teve um avanço de 4,3 pontos. Em relação à métrica de médias móveis trimestrais o aumento foi de 0,5 ponto, segunda alta consecutiva, indo para 87,2 pontos.

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“A queda do ICI em fevereiro segue-se a uma alta expressiva do índice, retratando um movimento de acomodação. Após avançar além do que os fundamentos da economia sugeriam entre abril e setembro do ano passado, o índice encontra-se agora em patamar mais realista. O cenário econômico, que enfim inclui notícias favoráveis à atividade como a queda de juros e injeção de recursos das contas inativas do FGTS, pode levar a novos ganhos de confiança, caso o ambiente político não se deteriore nos próximos meses”, afirmou o superintendente de estatísticas públicas da FGV, Aloisio Campelo Junior.

Índice de Expectativas

Cerca de 5 dos 19 segmentos industriais pesquisados registraram concentração na queda da confiança, reforçando um movimento de acomodação. Com alta de 4,7 pontos no mês passado, o Índice de Expectativas (IE) também registrou baixa, com recuo de 1,7 ponto, ao passar para 89,3 pontos. Com uma diminuição menos intensa, o Índice de Situação Atual (ISA) retraiu 0,6 ponto, com atuais 86, 4 pontos.

Entre os quesitos que compõem o IE, a maior contribuição para a piora das expectativas mensais partiu das previsões para a produção nos três meses seguintes. O indicador teve queda de 2 pontos em fevereiro, passando para 88,1 pontos, menor nível desde os 80,8 pontos registrados em maio de 2016. Também houve redução no percentual de empresas responsáveis por projetar a aumento da produção, passando de 32,6% para 27,6%, prevendo uma produção ainda menor de 20,6% para 19,3%.

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Nível de demanda

Em relação à diminuição do ISA neste mês, o maior contribuinte foi o nível de demanda atual. O indicador caiu 2,3 pontos, ao passar para 82,9 pontos. Já o percentual das empresas que avaliam esse nível, passou de 6,3% para 5,9% do total, considerado um pequeno aumento de 31,3% para 38,7%. Vale ressaltar que o resultado engloba a acomodação das avaliações sobre o mercado externo, com patamar elevado e melhora da percepção do mercado interno.

De acordo com a FGV, o Nível de Utilização da Capacidade Instalada (NUCI) apresentou diminuição de 0,3 ponto percentual em fevereiro, ao passar para 74,3%. Na métrica de médias móveis trimestrais, o NUCI registrou alta de  0,2 ponto percentual, indo para 73,9% e  mantendo-se com resultado positivo.

*Com informações da Agência Brasil

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