Brasil Econômico

Segundo o balanço realizado pelo Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS), o ano de 2016 registrou uma perda de 1,37 milhão de beneficiários de plano de saúde. O Sudeste foi a região responsável pela retração e segundo o indicador, apontou queda de 79,9% das perdas na comparação com as demais regiões, ou seja, mais de um milhão de consumidores deixaram de pagar por convênios médico-hospitalares.

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A região do Nordeste obteve 103,9 mil vínculos de plano de saúde rompidos
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A região do Nordeste obteve 103,9 mil vínculos de plano de saúde rompidos

Em comparação com o ano de 2015, o indicador obteve uma queda de 2,8%, constata a Nota de Acompanhamento de Beneficiários (NAB). Segundo o superintendente executivo do IESS, Luiz Augusto Carneiro, a retração da quantidade de planos de saúde foi impulsionada pelo atual cenário de crise e à consequente queda de emprego no País.

São Paulo

O estado é o responsável por pelo menos 630,3 mil beneficiários a menos no período e a instituição ainda frisa que o número é maior do que a soma de vínculos rompidos em todas as outras regiões do Brasil. O deficit paulista equivale a 46,1% das perdas do País.  

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Carneiro, em nota oficial, ainda alerta que os resultados de 2016 poderiam ter sido piores. Porém, o cenário não se agravou mais porque o plano de saúde é o terceiro maior desejo do brasileiro, ou seja, as famílias optaram por cortar outros gastos, a fim de priorizar os convênios médicos, mesmo em situação de desemprego. Os desejos que estão à frente do plano de saúde são apenas a casa própria e educação.

“Segundo dados do Caged, o saldo de empregos de 2016 ficou negativo em 1,32 milhão de postos de trabalho formal. Como os planos coletivos empresariais (aqueles fornecidos pelas empresas aos seus colaboradores) ainda representam a maior parte dos planos médico-hospitalares no País, é natural que o número de vínculos apresente retração junto com o saldo de empregos formais”, aponta Luiz Augusto Carneiro.

Regiões

O Sul fechou o ano passado com uma perda de 95,85 mil beneficiários na comparação com o início de 2016, o principal responsável foi o estado do Paraná, que perdeu 41,3 mil vínculos.

Já no mesmo período analisado na região Centro-oeste registrou perda de 42,6 mil beneficiários, a nota oficial ainda atesta que no estado do Mato Grosso houve perda de 16 mil planos e em Brasília 13,5 mil. A região do Nordeste obteve 103,9 mil vínculos de plano de saúde rompidos.  

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