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A expectativa dos consumidores brasileiros em relação a inflação para os próximos 12 meses passou de 9,1% em dezembro para 7,9% em janeiro, conforme estudo divulgado nesta terça-feira (24) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). O índice é o menor valor desde janeiro de 2015 quando a expectativa ficou em 7,2%. A comparação entre dezembro e janeiro teve queda de 1,2 ponto percentual, considerada pela FGV a maior variação negativa da série iniciada em setembro de 2005.]

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Percepção dos consumidores em relação a inflação tem queda entre dezembro e janeiro, aponta FGV
Tânia Rego/Agência Brasil
Percepção dos consumidores em relação a inflação tem queda entre dezembro e janeiro, aponta FGV


A instituição apontou ainda que entre dezembro do ano passado e janeiro deste ano o índice de brasileiros que preveem a inflação abaixo do teto da meta estipulado pelo governo, que é de 6,5%, teve alta de 16,5 pontos percentuais, passando de 16% para 32,5%. Os consumidores que estimam  que a inflação permanecerá em alta ao longo deste ano  – entre 10% e 12% – também apresentou queda na comparação mensal da FGV, ao passar de 13% em dezembro para 9,5% agora em janeiro.

Segundo a FGV, o resultado de janeiro foi provocado pela queda da inflação oficial, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo, que acumulou taxa de 6,29% em 2016, abaixo do teto da meta do governo, que é 6,5%. Segundo a FGV, a ampla divulgação da mídia para esse fato influenciou os consumidores.

Preços ao consumidor

Já a inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S), indicador esse da FGV, apontou alta em quatro das sete capitais pesquisadas pela Fundação, entre a segunda e a terceira semanas de janeiro. A maior alta foi observada em Belo Horizonte: 0,24 ponto percentual, ao variar de 0,68% para 0,92% no período.

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Também tiveram altas na inflação, as cidades de Recife  com alta de 0,08 ponto percentual, ao passar de 0,63% para 0,71%, São Paulo com alta de 0,08 ponto percentual, ao passar de 0,53% para 0,61% e Porto Alegre que teve alta de 0,01 ponto percentual, ao passar de 0,60% para 0,61%.

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De outro lado, três capitais tiveram queda na taxa: Rio de Janeiro (0,16 ponto percentual, ao passar de 0,78% para 0,62%), Brasília (0,13 ponto percentual, ao passar de 0,55% para 0,42%) e Salvador (0,04 ponto percentual, ao passar de 0,60% para 0,56%).

Pesquisa Fipe

Também divulgado nesta terça-feira (24) o Índice de Preços ao Consumidor (IPC), medido pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) na cidade de São Paulo, desacelerou para 0,58% na terceira quadrissemana de janeiro, ante o resultado de 0,69%, na segunda quadrissemana. 

Entre os itens que contribuíram para a desaceleração está habitação, que passou de 0,71% na segunda quadrissemana para 0,39% na terceira quadrissemana deste mês. Despesas pessoais variaram de 0,46% para 0,26% e transportes passaram de 0,69% para 0,60%. Vestuário variou de 0,67% para –0,22.

Entre os grupos que apresentaram aceleração de preços aos consumidores de São Paulo está educação, cujo resultado passou de 2,66% para 4,60%. A alimentação avançou de 0,63% para 0,68% e saúde variou de 0,35% para 0,62%.

*Com informações da Agência Brasil

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