Em ata divulgada nesta terça-feira (17) pelo Banco Central (BC) – sobre a decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) em relação à taxa básica de juros (Selic) – foi explicado que a redução de forma mais acentuada dos juros foi impulsionado pela inflação mais favorável no País e a retomada mais lenta do crescimento da economia. Entretanto, um corte menor chegou a ser cogitado pelos membros do comitê. 

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Copom cogitou corte menor da taxa Selic
Fellipe Bryan/iG
Copom cogitou corte menor da taxa Selic


Na quarta-feira (11) – após dois dias de discussões – o Copom surpreendeu as expectativas do mercado e anunciou a redução de 0,75 ponto percentual na Selic, que passou de 13,75% ao ano para 13%. Na ata o comitê afirmou ter cogitado uma redução menor da taxa de juros no País, para 13,25% ao ano, e que uma redução maior seria feita posteriormente. Entretanto, o Comitê de Política Monetária optou por uma redução mais intensa neste momento, por acreditar que  “essa decisão contribuiria desde já para o processo de estabilização e posterior retomada da atividade econômica”.

Um dos indicadores que impulsionou a redução maior da Selic foi a inflação. Em balanço, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) apurou que o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) encerrou 2016 em 6,29%, indicador esse que ficou pouco acima do teto da meta estipulado pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), mas distante da meta de 4,5% ao ano.

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A inflação mais controlada e a Selic em 13% ao ano fez com que o mercado financeiro revisse suas projeções para o indicador. No Boletim Focus, feito pelo Banco Central e divulgado na segunda-feira (16), os economistas das instituições financeiras do País apontam que a Selic deve fechar 2017 em um dígito, ou seja, em 9,75% ao ano. A perspectiva anterior era de 10,25% ao ano.

Conjuntura econômica

Ainda segundo a ata do Copom publicada nesta terça-feira (17) pelo Banco Central é positivo o avanço na aprovação das reformas fiscais feitas pelo governo. O documento citou a aprovação da proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55, que limita os gastos à inflação do ano anterior pelos próximos 20 anos. Porém, ressaltou que o processo que envolve as reformas propostas pelo governo é longo e envolve incertezas.

O comitê defendeu ainda a importância da aprovação de outras reformas no âmbito fiscal, além de investimentos em infraestrutura visando aumento de produtividade, ganhos de eficiência, maior flexibilidade da economia e melhoria do ambiente de negócios. A ata do Copom destaca também que “as evidências apontam um nível de atividade aquém do que se esperava”.

* Com informações da Agência Brasil

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